Faxina Ecológica?!

Logo que eu soube da Semana Sustentável|Oficinas por um mundo mais verde, do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), me interessei pela oficina ‘Faxina Ecológica – Produtos de limpeza naturais’ porque, sempre que possível, opto por produtos cruelty free, não apenas por causa da questão animal, mas também por causa do monopólio das grandes corporações.

Mas, vamos por partes!

Para começar, o que são produtos cruelty free? Bom, são produtos que não testam em animais. Sim, eu sei! Uma grande parte dos produtos químicos, farmoquímicos precisam passar por testes biológicos para serem liberados para o consumo humano. Incluindo os novos medicamentos. Não é possível liberar um remédio alopático sem que seja amplamente testado em animais e, na última fase de pesquisa, em humanos.

Assim, grande parte das indústrias químicas/farmoquímicas testam em animais, pois trata-se de testes que avaliam se a substância é irritante, corrosiva, tóxica ou se causa danos ao DNA. E como eu sei de tudo isso?

Eu comecei o curso de farmácia, mas acabei trancando porque se trata de um ramo que bate de frente com TUDO o que eu acredito (resumindo essa questão, as pesquisas financiadas visam lucro, não exatamente a cura de doenças; e eu penso na saúde como direito, não como mercadoria).

Quem nunca teve uma reação ‘alérgica’ a algum produto químico? Não precisa ser algo tão grave, apenas um vermelhidão na pele ou coceira, por exemplo. Então, se o produto fez isso com você, imagine o que fez com os animais no processo de desenvolvimento… 😲

Assim, opto, sempre que possível, por produtos cruelty free. E sim, eu tomo remédios quando preciso e, pelos deuses, tomo vacinas e sou totalmente pró vacina, okay?

Muito bem! E a faxina ecológica com tudo isso?

Trata-se de produtos produzidos de forma caseira, com matérias primas menos agressivas e tão eficazes quanto os produtos químicos tradicionais. Eu sei que, muitas vezes, são produtos fabricados pelas mesmas empresas que testam em animais, mas só de serem menos agressivos e, muitas vezes, biodegradáveis, já basta para mim.

Além disso, há a questão dos rejeitos químicos que, por vezes, são despejados diretamente nos rios sem nenhum tipo de tratamento prévio. Aliás, se o rejeito for biodegradável não apresenta riscos ao ambiente nem à saúde. Para saber sobre a classificação dos resíduos, clique aqui.

Já nos encaminhando para o fim, segue a receita feita na oficina:

Ingredientes:
3 litros de água
1 barra de sabão de coco (200g)
50 ml de álcool (70 ou 94) OU 100ml de álcool 46
3 colheres de sopa (do medidor) de bicarbonato de sódio
Utensílios necessários:
Ralador
Panela grande (que caiba mais que 3L de água)
Medidores de colher
Fogão
Sabão líquido multiuso
Ativista Cristal Muniz

O modo de fazer você encontra aqui. Para saber quais empresas são cruelty free, clique aqui.

A oficina foi ontem, dia 09/10/2020. E eu estou indo hoje comprar os ingredientes para fazer 🙂

Achou útil? Gostou? Então compartilhe com seus amigos e até mais!

*Além do link disponível acima para saber quais marcas são cruelty free, também existe um aplicativo disponível para Android e iOS (tradução das imagens feita por mim…)

*Atualização em 10/09/2022

PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental

Originalmente este texto está no post ‘Parque das Neblinas‘, mas considerei importante ter um post dedicado exclusivamente ao tema! 😉

As questões ambientais são relativamente recentes. Após a revolução industrial, que trouxe consigo novas emissões de gases poluentes, os problemas relacionados ao meio ambiente e à saúde se agravaram, exigindo que o ambiente fosse encarado com mais seriedade. Afinal, a natureza trazia consigo uma série de condições e interdependências, até então, desconhecidas ou ignoradas.

No Brasil, apesar de termos a lei 9.795/1999 que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental, infelizmente, não ouvimos falar muito sobre tudo isso. Por isso eu trouxe esse tema, considerada sua importância.

Segundo a lei acima citada, ‘entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade’.

Em poucas palavras, a ação ambiental visa ‘melhorar todas as relações ecológicas, incluindo a relação da humanidade com a natureza e das pessoas entre si‘, identificando ‘ações que garantam a preservação e melhoria das potencialidades humanas, favorecendo o bem-estar social e individual, em harmonia com o ambiente biofísico e com o ambiente criado pela humanidade‘, visando a qualidade de vida e a felicidade humana.

Assim, a Educação Ambiental formaria uma população mundial consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas associados a ele, pois estaria apta a compreender a relação interdependente entre as ações econômicas, políticas e ecológicas. Mas escreverei sobre tais instâncias em outras oportunidades!

Por ora, deixo alguns links sobre o tema, caso seja de seu interesse saber um pouco mais…

Carta de Belgrado, que estruturou globalmente a Educação Ambiental.

Declaração de Tbilisi, conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, organizada pela Unesco em cooperação com o Pnuma.

PNUMA– Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

ONU e o Meio Ambiente, uma breve história sobre o tema na Organização Internacional.

Achou importante? Compartilhe com seus amigos e até mais!