Obsolescência, você sabe o que significa?

Quando compramos uma coisa que queremos muito, ficamos felizes, certo? Certo! E é natural que seja assim. No entanto, conforme a gente vai se acostumando com a sensação de felicidade proposta por essas compras, essas compras vão deixando de nos satisfazer. E assim entramos num ciclo de compra e descarte sem fim!

O que não nos é dito, é que existe todo um mecanismo para nos fazer desejar novos produtos, seja o modelo mais novo ou o modelo antigo que ficou mais lento…

Todo produto possui uma vida útil que é determinada por três fatores: composição física, funcionalidades e percepção de utilidade. É claro que tudo se torna obsoleto um dia; entretanto, nem sempre a obsolescência de determinados produtos ocorre de forma natural. Essa obsolescência ‘não natural’ se chama obsolescência programada.

Isso mesmo! Programada.

Ao buscar a palavra obsolescência no Dicio, dicionário on-line, ele nos dá duas definições: (1) substantivo feminino que significa ‘estado do que está prestes a se tornar inútil, ultrapassado ou obsoleto; (2) em economia: limitação ou redução da vida útil de um mecanismo, objeto ou equipamento, pelo aparecimento de outros superiores ou novos.

A obsolescência programada reduz propositalmente o tempo de vida de um produto, criando a necessidade de adquirir um produto novo em seu lugar, podendo ocorrer em três aspectos: obsolescência de função, obsolescência psicológica e a obsolescência de qualidade (eu não vou especificar os três aqui, mas deixarei a referência no final do post).

Tal prática está associada ao avanço e à inovação tecnológica. Já parou para pensar no impacto ambiental que a obsolescência programada tem sobre os recursos naturais? Além da extração predatória da natureza, pense na geração de resíduos provenientes da obsolescência acelerada provocada pela inovação… Sabe aquele lixo que não é rejeito?

Não existe preocupação em reconduzir produtos para a reciclagem, por meio, por exemplo, da logística reversa, o que poderia reduzir a demanda por recursos naturais. Além disso, segundo a ONU News (2019), o mundo produz cerca de 50 milhões de toneladas de e-lixo por ano e apenas 20% desse lixo é reciclado.

Na verdade, a parte do mundo que tem acesso à inovação tecnológica gera cerca de 50 milhões ton/ano de e-lixo.

Segundo a mesma fonte, existe um movimento ilegal de transferência do lixo eletrônico das nações desenvolvidas para os países em desenvolvimento. Países da África recebem containers cheios de e-lixo, os quais são considerados resíduos perigosos, com potencial de contaminação de pessoas e do ambiente.

Países que recebem esses e-lixo são conhecidos como ‘cemitérios de eletrônicos’ e, eu arrisco dizer que, essas populações não geram lixo eletrônico como as populações do mundo desenvolvido. Mas, vamos voltar à produção.

Imagine se as coisas durassem por muito tempo, respeitando a vida útil do produto e sua obsolescência natural… Imagine se todas as lâmpadas fossem iguais a Lâmpada Centenária, que está acesa desde 1901…

É possível concluir que a obsolescência programada faz parte da estrutura da produção capitalista? Quanto mais se inova, mais lucro se obtém. Se os produtos não tivessem seu tempo de vida útil reduzido artificialmente, as indústrias não teriam que fabricar novos produtos em tão pouco tempo. Calma!! Nem tudo é papo é comunista 😉

Talvez, fosse possível apenas aumentar o tempo de vida útil dos produtos para fazer com que a extração dos recursos naturais não seja tão intensiva. Ou então, regulamentar a produção, impondo a logística reversa, visando reintroduzir os materiais de volta ao processo produtivo e, assim, diminuir potencialmente a demanda por matéria prima. Enfim! Valorando Ideias…

Já me encaminhado para o fim, deixo a seguir algumas fontes, caso você queira se aprofundar um pouco no assunto.

Documentário: Obsolescência Programada – The Light bulb Conspiracy – Documentário Dublado

Monografia do João Víctor Borges Silva, apresentada como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais – FAJS do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Para terminar, duas reportagens que falam sobre a Apple, a gigante em high tech que nega se utilizar da obsolescência programada, mas vai pagar alguns milhões de dólares por deixar aparelhos antigos mais lentos…

Tecmundo: Apple diz que obsolescência programada é a “coisa mais louca do mundo”

Exame: Apple vai pagar US$ 113 milhões por deixar iPhones antigos mais lentos

Não fique triste, caso você tenha se sentido enganado, enganada! Saiba que você não está só… Compartilhe com o máximo de pessoas que você puder e até mais!

Que tal plantar uma árvore com apenas um clique?

Sim! É isso mesmo! Existe um buscador, tipo o google, que planta árvores! Achei tão sensacional que, obviamente, virou um post aqui para o blog!

Estamos vivendo em uma época de eventos climáticos extremos, extinção em massa e diminuição drástica da (bio)diversidade. O termo ‘ecocídio’ já está até no dicionário online Dicio e significa: ‘destruição sistemática e intensa de um ecossistema, podendo causar o extermínio da comunidade, animal ou vegetal, que nele está presente’.

A urgência ambiental se faz cada dia mais presente e, frente às tragédias ambientais que tem ocorrido (e que na verdade sempre ocorreram, mas nunca em uma escala como a atual), descobrir um buscador que planta árvores com as nossas pesquisas, é, realmente, um achado e tanto!

A intenção do post é informar sobre o Ecosia 🥰 Nossa maravilhosa alternativa de busca on-line.

O buscador está disponível em aplicativos para celular, tanto Android como iOS, o meu é android e essa aqui é a carinha dele:

Além do aplicativo para celulares, também é possível baixar uma extensão para o chrome; a extensão do Ecosia fica indicada no canto superior direito e, conforme você vai fazendo as buscas, vai aparecendo a quantidade de buscas que você fez:

É necessário, em média, 45 buscas para plantar uma árvore. E, como isso é possível? Assim: a gente faz a busca usando o Ecosia e os anúncios da pesquisa geram lucro, do qual, uma parte, é revertido para a plantação de árvores ao redor do mundo.

No EcosiaBlog você encontra a ‘prestação de contas’ da empresa, que é a forma que eles têm de manter credibilidade no mercado. No blog, eles informam o total arrecadado da venda de publicidade, o quanto dessa arrecadação direcionaram ao financiamento de árvores; o quanto investiram em publicidade para alavancar o Ecosia e a quantidade que gastaram com os custos operacionais, taxas e seguridade social.

projeto no Brasil ( ) em parceria com CEPAN/PACTO – Pacto pela Restauração da Mata Atlântica; ITPA – Instituto Terra de Preservação Ambiental; IPÊ – Instituto de pesquisas Ecológicas e com o Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental. São mais de 10 milhões de árvores plantadas e mais de 4 mil hectares restituídos desde 2012 apenas no Brasil. Isso mesmo! Desde 2012. E a gente só está sabendo disso agora!!!! (eu, pelo menos!)

Eles também têm um canal no YouTube, onde há vários vídeos explicativos sobre a empresa e o trabalho feito. No entanto, não achei vídeos com legendas em português… mas, trata-se de uma excelente oportunidade de aprimorar o entendimento de uma língua estrangeira!

Nem tudo é perfeito, não é mesmo? Existe um ponto negativo: o Ecosia não busca a mesma quantidade de resultados que o google encontra. Mas, nesse caso você só precisa clicar na opção ‘more‘, com três pontinhos, logo abaixo do buscador e clicar na opção ‘google‘. Você será direcionado para uma página do google com todas as respostas de sua pesquisa:

Apesar disso, particularmente, acho que vale muito a pena usar o Ecosia! Faça um teste e me conte nos comentários o que você achou 😉 E se você quiser saber mais sobre Antropoceno e Ecocídio, assista este vídeo, pode te ajudar! Compartilhe com seus amigos, okay? Até mais!

O que fazer?

Para começar, gostaria de falar que este post foi inspirado no carro do óleo que passa na minha rua, Rodrigues Coleta de Óleo… Me lembrou que desde o curso técnico (2012/2013) comecei descartar o óleo usado da forma ambientalmente correta. Mas, por que não jogar no ralo da pia?

Porque os óleos são considerados resíduos perigosos, tanto para o meio ambiente como para a saúde pública; podendo ser, inclusive, um crime ambiental, se descartado de forma ambientalmente errada.

De acordo com a LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998, em sua seção III – da poluição e outros crimes ambientais -, no parágrafo 2º, inciso V, se o crime é lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos, a pena é a reclusão, de um a cinco anos.

Meio chocante, né?! 😲

Água e óleo não se misturam porque os óleos são insolúveis em água. Assim, não são biodegradáveis, o que significa que levam muito tempo para se diluir no ambiente. E o que acontece quando descartamos óleo usado no ralo da pia?

Contaminamos milhares de litros de água!! Se jogado no solo, mata a vegetação e os microorganismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da área, podendo até atingir o lençol freático. Se jogado no esgoto, compromete o funcionamento das estações de tratamento de esgoto, podendo chegar a causar a interrupção do funcionamento desse serviço essencial.

Segundo a SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -, 1 litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água. Isso porque suas substâncias não se dissolvem na água e, quando despejadas nos recursos hídricos, causam descontrole do oxigênio e a morte de peixes e outras espécies. Além de entupirem a tubulação.

No entanto, os óleos são necessários para o consumo humano, no que tange à alimentação, e existem diversos tipos. Óleo de milho, canola, coco, girassol, oliva, além da soja que é o mais utilizado pela população. O meu preferido é o óleo de coco que só fica líquido quando a temperatura está acima dos 25º, senão fica pastoso. Acho incrível como a natureza é perfeita!

A destinação final desses produtos ainda não existe em definitivo, mas há caminhos pelos quais podemos optar. O ideal é procurar um posto de coleta próximo, ou entrar em contato com o carro do óleo que passa aqui na minha rua; quem sabe ele não passa aí na sua também??

Faça a doação dos resíduos!

Nesse link você encontra um posto de coleta próximo de você. E o mais legal, para QUALQUER resíduo! Se você preferir, dá para fazer sabão em casa com o óleo usado; a receita você encontra aqui.

Se você quiser saber mais, dê uma olhada nesse artigo do Instituto Akatu. A base para minha escrita, além do conhecimento técnico em meio ambiente, foi este artigo: A questão do descarte de óleos e gorduras vegetais hidrogenadas residuais em indústrias alimentícias. Se você quiser saber um pouco mais sobre resíduos perigosos, você pode ler esse meu post.

E eu vou ficando por aqui! 🙂 Compartilhe com seus amigos e até a próxima!

Leis que devemos conhecer!

Em 2018, tive a oportunidade de participar de uma oficina: Processos de Criação em Dança Contemporânea e foi uma experiência riquíssima! Aprendi que não existe uma mente que controla o corpo. Somos corpo nesse mundo.

É claro, toda sua subjetividade te constitui e a minha, a mim. Tudo bem! Não é disso que se trata. Trata-se de se reconhecer corpo vivente, num mundo violento. Quem sente frio? Eu. Quem sente fome? Eu também. Quem sente falta de afago? Eu. E quem é ‘Eu’ além do corpo que sente e se expressa por tantas formas diferentes?

Às vezes, a linguagem atrapalha, a gente diz: ‘meu corpo’. A oficina me ensinou: ‘eu corpo’. Porque sinto todo o peso de ser um corpo vivente num mundo de pessoas violentas. Será que pessoas violentas se reconhecem corpos viventes? Ou será que são movidas apenas pela racionalidade à parte do corpo que vive?

E não se trata apenas de eu ser um corpo feminino nesse mundo. Trata-se das violências acometidas de formas silenciosas (pra quem se interessa, existe um vídeo muito interessante sobre A Violência Invisível, que você acessa clicando aqui). Mas claro, quando se é mulher nesse mundo, as violências violam corpos, além de violar almas e subjetividades… Com qual direito? Se é que existe algum?

Uma mulher bêbada, dormindo ou desacordada por qualquer motivo que seja, é destituída da integridade de ser um corpo vivente. Se torna uma coisa. Mas não qualquer coisa, porque carros são coisas e apartamentos também. Somos colocadas como coisas que não tem valor. Como um objeto com o qual é possível fazer qualquer coisa. E okay! Tudo ficará bem.

Para lidar com tantas violências em relação ao gênero feminino, existem algumas leis que devem garantir direitos, são as leis às quais me refiro no título deste post. Originalmente eu li na página ‘Quebrando o tabu’ e achei de utilidade pública. E foi assim que virou essa reflexão. Seguem as leis:

LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 – Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

LEI Nº 12.845, DE 1º DE AGOSTO DE 2013 – Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual.

LEI Nº 12.737, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2012 – Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos. Invasão de dispositivo informático e dá outras providências.

LEI Nº 13.104, DE 9 DE MARÇO DE 2015 – Prevê o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio. Incluindo o feminicídio no rol dos crimes hediondos.

LEI Nº 12.650, DE 17 DE MAIO DE 2012 – Lei altera Código Penal para que a contagem do prazo de prescrição nos crimes contra dignidade sexual praticados contra crianças e adolescentes comece a ser contado da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos de idade, salvo se a ação penal tiver já iniciado em data anterior.

Além de tudo isso, também há o stealthing (dissimulação, em português) que se trata da conduta de alguém retirar o preservativo durante a relação sexual sem o consentimento da(o) parceira(o). Nesse aspecto, é posto a questão do consentimento, se o sexo foi consentido com preservativo, por que retirá-lo? Para saber mais, clique aqui.

Às vezes é cansativo ser mulher nesse mundo! Mas resistimos! Aqui você encontra as Conquistas do feminismo no Brasil: uma linha do tempo. Compartilhe este post com mulheres e homens que você conhece! A luta deve continuar e é de TODOS E TODAS!

Faxina Ecológica?!

Logo que eu soube da Semana Sustentável|Oficinas por um mundo mais verde, do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), me interessei pela oficina ‘Faxina Ecológica – Produtos de limpeza naturais’ porque, sempre que possível, opto por produtos cruelty free, não apenas por causa da questão animal, mas também por causa do monopólio das grandes corporações.

Mas, vamos por partes!

Para começar, o que são produtos cruelty free? Bom, são produtos que não testam em animais. Sim, eu sei! Uma grande parte dos produtos químicos, farmoquímicos precisam passar por testes biológicos para serem liberados para o consumo humano. Incluindo os novos medicamentos. Não é possível liberar um remédio alopático sem que seja amplamente testado em animais e, na última fase de pesquisa, em humanos.

Assim, grande parte das indústrias químicas/farmoquímicas testam em animais, pois trata-se de testes que avaliam se a substância é irritante, corrosiva, tóxica ou se causa danos ao DNA. E como eu sei de tudo isso?

Eu comecei o curso de farmácia, mas acabei trancando porque se trata de um ramo que bate de frente com TUDO o que eu acredito (resumindo essa questão, as pesquisas financiadas visam lucro, não exatamente a cura de doenças; e eu penso na saúde como direito, não como mercadoria).

Quem nunca teve uma reação ‘alérgica’ a algum produto químico? Não precisa ser algo tão grave, apenas um vermelhidão na pele ou coceira, por exemplo. Então, se o produto fez isso com você, imagine o que fez com os animais no processo de desenvolvimento… 😲

Assim, opto, sempre que possível, por produtos cruelty free. E sim, eu tomo remédios quando preciso e, pelos deuses, tomo vacinas e sou totalmente pró vacina, okay?

Muito bem! E a faxina ecológica com tudo isso?

Trata-se de produtos produzidos de forma caseira, com matérias primas menos agressivas e tão eficazes quanto os produtos químicos tradicionais. Eu sei que, muitas vezes, são produtos fabricados pelas mesmas empresas que testam em animais, mas só de serem menos agressivos e, muitas vezes, biodegradáveis, já basta para mim.

Além disso, há a questão dos rejeitos químicos que, por vezes, são despejados diretamente nos rios sem nenhum tipo de tratamento prévio. Aliás, se o rejeito for biodegradável não apresenta riscos ao ambiente nem à saúde. Para saber sobre a classificação dos resíduos, clique aqui.

Já nos encaminhando para o fim, segue a receita feita na oficina:

Ingredientes:
3 litros de água
1 barra de sabão de coco (200g)
50 ml de álcool (70 ou 94) OU 100ml de álcool 46
3 colheres de sopa (do medidor) de bicarbonato de sódio
Utensílios necessários:
Ralador
Panela grande (que caiba mais que 3L de água)
Medidores de colher
Fogão
Sabão líquido multiuso
Ativista Cristal Muniz

O modo de fazer você encontra aqui. Para saber quais empresas são cruelty free, clique aqui.

A oficina foi ontem, dia 09/10/2020. E eu estou indo hoje comprar os ingredientes para fazer 🙂

Achou útil? Gostou? Então compartilhe com seus amigos e até mais!

*Além do link disponível acima para saber quais marcas são cruelty free, também existe um aplicativo disponível para Android e iOS (tradução das imagens feita por mim…)

*Atualização em 10/09/2022