Precisamos falar sobre ciência.

Uns anos atrás, li o livro Eu Sou Malala, escrito pela Malala que levou um tiro no caminho da escola. Nunca ouviu falar? Então, vou resumir aqui a história para você 😊

A ativista Malala é paquistanesa e vivia no Paquistão com sua família. Ela queria estudar e se formar. Mas no seu país de origem, as meninas não podem estudar. Mesmo assim, ela continuou estudando e defendendo que meninas estudem…

No entanto, um belo dia, no trajeto da escola, seu ônibus foi invadido e o talibã perguntou ‘quem é Malala?‘. Nenhuma das meninas respondeu mas todas olharam para ela e, assim, ela levou um tiro no rosto.

Foi transferida para a Inglaterra em estado gravíssimo e no livro ela conta toda sua história, inclusive como foi sua recuperação. Após recupera-se, escreveu o livro Eu Sou Malala em resposta à pergunta que ela não teve a oportunidade de responder.

E o que isso tem a ver com o título de hoje: precisamos falar sobre ciência – para quê tentar entendê-la?

Porque em uma parte do livro ela relata que no local onde ela vivia, em seu país de origem, as pessoas eram privadas de educação formal. Eram proibidas de aprender ciências. A única educação a qual tinham acesso era a religiosa. Não se tinha notícias do mundo, nem acesso a qualquer meio de comunicação diferente da rádio local que, por sua vez, falava apenas sobre religião…

(tudo isso é com base no livro dela. portanto, recomendo que você leia e tire suas próprias conclusões… essas são as minhas impressões. tudo bem?)

A questão que levanto neste post é antiga. Afinal, a ciência não é bem compreendida e, além disso, alguns cientistas não se fazem entender… essa é a parte mais triste… Qual a finalidade de saber se você não consegue comunicar o que você sabe?

Estamos vivendo nossas vidas numa trama pandêmica que, às vezes, nem parece ser de verdade. São tantas notícias, algumas falsas, outras que dizem uma meia-verdade que a gente fica meio perdido(a). Por isso eu quis trazer essa reflexão em meio a tanto negacionismo e inverdades.

O método científico não é absoluto. É hipotético. As hipóteses são colocadas como verdadeiras até que sejam refutadas. E precisam ser refutadas. Se não forem refutadas, então não é ciência. É dogma. Sim, isso parece incerto. E é. A vida é incerta. Por mais que façamos planos, tudo pode acabar de repente.

Existe um cientista, famoso até, que me inspira muito, mesmo depois de sua morte precoce. Carl Sagan. Teve a habilidade de falar sobre ciência e método científico de forma exemplar, acessível e sem perder o rigor científico, o método científico… as hipóteses ou paradigmas…

Tendo em vista tantos dogmas sendo institucionalizados, considero muito importante falar sobre ciência e refletir sobre qual seu papel nos arranjos sociais da atualidade… temos muuuito a refletir nesse último sentido…

Assim, ano passado (2020), em meio a um turbilhão de acontecimentos, tive a oportunidade de produzir um pouco de informação científica de forma acessível, juntamente com um grupo de alunos da UFABC e a Profª Drª Angela Fushita. Se você quiser ver, baixar e compartilhar, clique aqui. As informações foram produzidas em 2020 mas, ainda servem para 2021…

Além disso, a universidade também tem o Blog UFABC Divulga Ciência, com diversos temas científicos e de forma super acessível e didática..

Apesar de Carl Sagan já ter nos deixado, segue nos inspirando… você encontra os livros dele aqui e de graça.

E sobre a Malala, hoje em dia está formada e mora com sua família em Birmingham, na Inglaterra. É ativista pela educação de crianças, meninas em especial, e em 2014 ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Em seu discurso na ONU concluiu dizendo:

Um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo.

Educação é a única solução.

Também deixo uma frase de Sagan com a qual eu super me identifico:

Eu não quero acreditar, eu quero saber.

O mundo é grande, o universo é desconhecido e a nós cabe deslumbrar a grandiosidade da Vida; e fazemos isso entendo suas leis… hoje o texto ficou um pouco longo… mas espero que você tenha gostado… tchau! Até a próxima reflexão… 🤩

Ah, ⬇️ compartilhe!!

Consumimos para quê?

Conforme o tempo vai passando, as coisas vão mudando e nós vamos nos acostumando com as ‘novas coisas’ sem questionar, nem mesmo pensar, sobre as coisas antigas…

Bom, para responder a pergunta consumimos para quê, é necessário definir o que se consome. Ar, em primeiro lugar. Assim que um bebê nasce ele respira por conta própria; depois, água, alimento, roupas e conforme crescemos vamos expandindo nossas necessidades.

Assim, consumimos informação, educação formal, tempo, pessoas, lugares… o ato de consumir é tão arraigado na vida cotidiana que fala-se sobre sociedade de consumo, tendo em vista que consumir se tornou uma ação que vai além de suprir necessidades básicas.

Nesse ponto, é preciso diferenciar consumo de consumismo. Enquanto o consumo é preciso enquanto necessidade básica, como oxigênio, água e alimento, o consumismo é atribuído à sociedade como característica que chega quando o consumo assume papel principal no arranjo social.

Tive a oportunidade de pesquisar sobre consumo e suas abrangências e acabei encontrando alguns estudos muito interessantes sobre o assunto… Eis abaixo alguns tópicos super interessantes:

Consumo e Subjetividade
Consumo baseado no Individualismo como Projeto de Sociedade
Consumo e Felicidade
Consumo e a Identidade no Mundo Líquido
Consumo e o Antropoceno

Como você pode notar, não é nem um pouco fácil responder à questão inicial, consumimos para quê? Uma das coisas que se pode dizer é: o consumo te consome?

Está sempre em falta de algo e tenta preencher essa falta consumindo? Se sim, consumindo o quê?

Se você consome para suprir certa falta, talvez seu consumo seja moldado pelo primeiro tópico da minha pesquisa, consumo e subjetividade. Ou, talvez, você consuma para se sentir feliz, já que o mote publicitário é sempre aquele de que o produto desejado te fará feliz, se comprado…

Algumas coisas não têm preço, para todas as outras existe (aquele cartão de crédito que veio à sua mente 🙃)”

Ou seja, o objeto desejado está no horizonte daquilo em torno do qual gravitam as fantasias das pessoas. O ideal. Se eu tiver isso, eu serei aquilo… Enfim!

O papo é longo e interessantíssimo! Na minha humilde opinião, é claro! Mas se você concordar, me deixe saber nos comentários para eu produzir o texto “O consumo te consome? Parte 3″… E se você nunca leu a parte 1, clique aqui

Tenha uma ótima reflexão e um bom sábado! Tchau!

Ah, e não esquece de compartilhar, tá bom??! 💚

Receita para epidemias e pandemias?

De acordo com alguns especialistas, sim; fabricamos epidemias e pandemias… neste post, pretendo te contar o porquê…

Ao longo da história da humanidade, os seres humanos foram se adaptando ao ambiente e domesticando plantas e animais. Nesse processo, os organismos evoluíram adaptando-se uns aos outros, cada um em seu ‘espaço’ natural: os animais selvagens nas matas e os seres humanos nas ‘áreas urbanas’.

No entanto, ao longo dos anos, os seres humanos foram se deslocando para outras áreas… o final do século XX evidencia esse movimento de expansão da humanidade, visto que foi marcado pela acelerada integração dos sistemas econômicos nacionais à uma dinâmica global.

Tal dinâmica facilitou muitos processos, inclusive, a mobilidade das pessoas e de mercadorias entre países 🌐 antes da metade do século XX não era possível ir para o outro lado do Planeta em algumas horas com apenas um voo…

Entretanto, essa mudança no eixo do mundo trouxe consigo consequências proporcionais.

Quanto mais aumenta a população, mais necessidade de alimentos, saúde, educação, água potável… as oportunidades, em geral, estão nos grandes centros, causando assim adensamento urbano; e tudo isso leva à pressão sobre o meio ambiente em busca de recursos naturais.

E as epidemias/pandemias com tudo isso? Relativamente fácil responder essa pergunta… vem comigo! 🙃

As sociedades contemporâneas optam por produzir de forma pouco sustentável; desde a padronização de culturas de alimentos até a criação de animais de forma industrializada… dois problemas a serem explorados…

Para padronizar as culturas é necessário desmatar grandes áreas. Essas áreas desmatadas são, na verdade, morada de animais silvestres que perdem o lar e, assim, os que sobrevivem migram para outros lugares..

Segundo a médica espanhola María Neira, “70% dos últimos surtos epidêmicos que sofremos têm sua origem no desmatamento e nessa ruptura violenta com os ecossistemas e suas espécies”.

Além dela, o pesquisador norte americano Mike Davis publicou, em 2005, seu livro o monstro bate à nossa porta – a ameaça global da gripe aviária, no qual ele relata a possibilidade de uma pandemia causada pela forma de criação de animais para abate.

Na tabela 7.2 de seu livro, ele detalha os surtos de H5 e H7 (nomenclaturas das gripes; exemplo: H1N1; H5Nx; H7Ny…) que ocorreram nos EUA a partir de 1997. Reproduzi a tabela abaixo:

AnoVírusLocal
1997H7N3Utah
1997-98H7N2Pensilvânia
2000H7N2Flórida
2001H7N2Pensilvânia, Maryland, Connecticut
2002H7N2Shenandoah Valley, Nova York, Nova Jersey
2002H5N3Texas
2002H5N2Nova York, Maine, Califórnia
2002H5N8Nova York
2002H5N1Michigan
2003H7N2Connecticut, Rhode Island
2003H7N2Infecção humana em Nova York
2004H5N2Texas
2004H7N2Maryland, Delaware, Nova Jersey
Livro: O monstro bate à nossa porta. Página 117

Parece mentira, né? Mas não é. A seguir algumas reportagens de animais que foram sacrificados em grandes quantidades por serem um risco à saúde pública. A primeira reportagem é de 2005, o mesmo ano que o livro de Davis foi publicado.

Aves sacrificadas; Gripe aviária reaparece nas Filipinas e na Alemanha; Dinamarca abate 25.000 aves de criação após primeiro surto de gripe aviária. Além da gripe suína, que foi considerada a primeira pandemia do século XXI e seu vírus está entre nós até hoje…

Em 2020-21 o mundo conheceu a COVID-19, que também é causada por um vírus de origem zoonótica e não há garantias de que não venham outros vírus por aí… ao contrário, quanto mais adentrarmos os espaços naturais, mais os animais, e a natureza de um modo geral, ficarão sob pressão, caracterizando, inclusive, a perda da biodiversidade…

Me encaminhando para o final, deixo um texto mais acadêmico, caso você queira se arriscar e, detalhe, foi publicado em 2009, mais de uma década atrás… Gripe aviária: a ameaça do século XXI.

Para terminar, deixo para reflexão um trecho do prefácio do livro de Davis:

“As grandes epidemias, como as guerras mundiais e as fomes coletivas, massificam a morte, tornando-a um evento além de nossa compreensão emocional (…) ninguém deplora por uma multidão nem lamenta à beira do túmulo de uma abstração”.

Compartilhe! E até mais 💚

*Nos primeiros 15 dias de janeiro de 2024 foram registrados 472 casos de acidentes com animais venenosos, como escorpiões, aranhas marrom e armadeira, serpentes, entre outros. Para a médica veterinária Gisele Freitas, do Centro de Vigilância Epidemiológica, “Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano” (Fonte da informação: Agência Brasil – São Paulo). Leia mais aqui.

*Atualização em 11/02/2024

Uma relação óbvia?

Tive contato com questões de saúde pública e meio ambiente no curso técnico, fazendo este trabalho sobre febre tifoide. Fiquei tão impactada que questões socioambientais se tornaram o centro da minha atenção.

Quando falamos em meio ambiente é impossível não considerar as condições sociais, por isso o termo socioambiental é tão importante. Por exemplo, a doença de chagas é endêmica de locais onde a infraestrutura residencial é precária, em sua maioria na região Norte do país, segundo o Ministério da Saúde.

Trazendo um exemplo mais próximo, a própria pandemia de COVID-19 é um exemplo, visto que há indícios de que o vírus tenha surgido em um mercado úmido asiático. E não se engane! Não se trata apenas da China e demais países asiáticos…

Várias epidemias já ocorreram por conta do contato entre animais selvagens e seres humanos; no próximo post falarei um pouco mais sobre isso.

Por ora, quero apenas enfatizar que a qualidade do ambiente impacta na vida de seus residentes, de forma decisiva.

Temos o mau hábito de pensar que poderemos viver em Marte com a tecnologia da SpaceX. Enquanto isso, estima-se que aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem por ano por viverem expostas a ambientes poluídos.. e o mais impressionante, aqui na Terra mesmo..

Conforme disse Carl Sagan ‘o nosso planeta é indivisível’. Aliás, se você nunca leu meu post O que é Meio Ambiente? leia aqui.

Questões de saúde pública estão relacionadas ao modo de vida e produção. Por exemplo, ao autorizar o uso de mercúrio, que é um metal tóxico e biocumulativo, em garimpos, autoriza-se a contaminação por mercúrio, tanto do ambiente quanto dos seres humanos envolvidos na garimpagem.

Tal contaminação gera danos incalculáveis; como a barragem de rejeitos da Vale que se rompeu e matou um rio. Veja, MATOU UM RIO! E PESSOAS. Os rios são ecossistemas complexos que abrigam milhares de vidas aquáticas e servem, ainda, de fonte de renda para muitas pessoas que dependem dele.

Na tragédia de Mariana: Contaminação do Rio Doce é ‘fantasma’ de um dos maiores crimes ambientais do mundo, pois a contaminação pode até ficar invisível aos olhos, mas não deixa de existir e ser nociva aos organismos vivos.

Bom, me encaminhando para o final, quero já deixar o tema do próximo post, que será sobre as epidemias, desmatamento e a forma de criação de animais para abate.

É isso, por hoje!! Tchau! 🙂

Para natureza cíclica, alternativas sustentáveis!

A natureza, como um todo, é cíclica. Temos a rotação do planeta, a translação ao redor do Sol, as estações do ano, os ciclos biogeoquímicos… o Planeta é um sistema fechado que se autossustenta a partir de seus organismos biodiversos que garantem sua manutenção.

O organismo feminino segue à risca tal regra. Todos os meses o organismo das fêmeas humanas se prepara para conceber uma nova vida (se você não leu meu post anterior, recomendo que leia… você o encontra aqui). Na natureza, as fêmeas, em geral, são os organismos capazes de gerar filhotes, para manutenção da espécie.

(um fato interessante e curioso: apenas a fêmea humana menstrua todos os meses, as outras espécies têm ciclos reprodutivos diversos, geralmente sazonais… 🤷‍♀️)

Enfim, as fêmeas, de um modo geral, são cíclicas, como a natureza…

Mas, configuramos, ao longo de centenas de anos, um modo de pensar linear. Não cíclico. Parece que tudo vai para frente, mas não existe ‘frente’. Veja, é aquela velha história de que o futuro não existe, nem o passado, apenas o agora… meio difícil pensar o tempo atemporal… 🤯

Tudo isso, na verdade, para falar sobre as alternativas sustentáveis dos absorventes descartáveis. Uma vez que o ciclo menstrual dura, pelo menos, 3 décadas, e considerando que somos metade da população do Planeta, penso que seja interessante pensar num modo de menstruar menos residual… afinal, do ponto de vista do Planeta não dá pra jogar lixo fora, porque não existe fora

(obs. existem mulheres que tomam pílula para não menstruar… conheço algumas que super gostam e tals…)

Mas, vamos às alternativas sustentáveis; encontrei 4: absorventes reutilizáveis; calcinhas absorventes; coletor menstrual – copinho e o disco menstrual. Cada alternativa é um link que você pode xeretar… a seguir reflito sobre os absorventes reutilizáveis ou absorventes ecológicos, que foi a minha escolha sustentável…

Desde que decidi parar de usar os absorventes descartáveis minha percepção sobre mim mudou; e bastante!! Estava ‘programada’ para menstruar conforme o ciclo dos hormônios sintéticos das pílulas anticoncepcionais. E nem tinha muita consciência sobre meu ciclo, nem sabia/entendia como eu ‘funcionava’…

Foi uma decisão muito acertada parar a pílula e começar a usar os absorventes ecológicos. Claro, isso foi uma opção minha. Ninguém aqui tá falando faça o que eu faço!!!

Fiz minha transição aos poucos. Primeiro comprei 2 absorventes para dormir e eu gostei. Depois comprei um kit e fui me adaptando a minha nova ‘rotina mensal’. Comecei a perceber como eu me sinto ao longo do ciclo e como essas mudanças emotivas interferem na minha vida, inclusive, na minha produtividade.

A quantidade de absorventes ecológicos depende da duração da menstruação de cada mulher… estou relatando aqui a minha experiência. Minha menstruação dura, em média, 5 dias e durante esses dias eu uso 12 absorventes. Um ponto negativo é que eles demoram MUITO para secar, tipo, mais de 24h.

E sim, é necessário lavar! Lavamos todas as roupas antes de usá-las, inclusive as roupas íntimas, assim, lava-se, também, os absorventes. E não tem segredo algum. A única diferença é deixar de molho e sempre trocar a água. No fim da menstruação, lave à mão ou coloque na máquina de lavar. E coloque para secar ao sol ☀️

(eu poderia, inclusive, falar sobre fraldas ecológicas… mas considerei assuntos infantis inapropriados para o blog… se um dia eu for mãe, e ainda tiver o blog, assuntos infantis poderão se tornar pautas para valoração de ideias 🤷‍♀️)

Bom, vamos agora falar sobre preços… e lembre-se, deve-se considerar a vida útil dos absorventes ecológicos que é, em média, mais de 5 anos. Então, segue o que gastei com meus 12 absorventes:

MarcaQuantidadePreçoRecomendo (?)
Inciclo261,79Não
Korui3 – conforto natural102,74Mais ou menos
KoruiKit Moderado – conforto seco e bolsa impermeável173,24Siiim, SUPER!
EcoAbs2 79,69Sim
Total12417,46
Todos os preços estão com o frete incluso.

Como eu disse acima, fiz a transição aos poucos, então não gastei 417 reais de uma só vez… os da marca inciclo eu não recomendo porque saem do lugar e não aguentam fluxos muitos intensos…

Os korui conforto seco – são os meus queridinhos… eu AMO demais. Não troco por nada… a marca também tem os conforto natural, que também são muito bons, 100% hipoalergênico. Mas, o conforto seco me ganhou 😍

E por fim, os EcoAbs que são excelentes! Mas achei um pouco grosso demais; embora a absorção seja excelente. Bom, minha intenção é compartilhar uma forma de ser, tendo em vista a quantidade de absorventes descartáveis que utilizamos ao longo da nossa vida fértil…

Utilizando a calculadora de absorventes, em 5 anos menstruando com fluxo de 5 dias, eu usaria 1.304 absorventes, que equivaleriam a 46kg de lixo e R$ 652 reais. Todos esses absorventes descartáveis, feitos de plásticos e conservantes, levam 500 anos para se decompor…

Com os meus 12 absorventes ecológicos eu gastei 417 reais; não gerei lixo, me percebi cíclica, comecei a entender melhor o meu funcionamento e, o mais chocante, descobri que não existe odor algum na menstruação! Isso mesmo!

Todo e qualquer possível odor que ocorra durante esse período é causado pela ‘asfixia’ do sangue em contato com a pele, visto que o plástico impede a pele de respirar. Com os absorventes ecológicos a pele transpira normalmente e não gera cheiro algum…

Além de tudo isso, o descarte dos ecológicos é menos impactante, podendo ter suas camadas de tecidos separadas, depois de limpo, e jogadas em lixos apropriados para cada tipo de tecido. Eu ainda não precisei descartar os meus…

Você pode até questionar a quantidade de água gasta na lavagem… Mas, o assunto água dá pano pra manga… precisa de posts específicos para falar sobre a quantidade de água gasta, tanto na produção quanto no consumo doméstico…

Bom, encaminhando-nos para o final, segue algumas recomendações, caso seja de seu interesse: museu da menstruação – (site em inglês); menstruação sustentável (para entender um pouco mais sobre o assunto); e se você é mamãe ou papai e ficou curiosa/curioso sobre as fraldas ecológicas, só espiar aqui.

Bom, é isso!!!

Tchau! Ah, e compartilhe com seu amigues!! 💚

*Devido às alterações hormonais, meu fluxo ficou mais intenso (uhul… isso significa que voltei a produzir hormônios normalmente 😍 depois de mais de uma década ingerindo os hormônios sintéticos das pílulas…) e precisei de mais 3 absorventes ecológicos. Comprei os conforto seco da Korui, sendo 2 noturnos e 1 normal; total com o frete: R$ 125,73. Somado aos 417 reais anteriores, totaliza: R$ 543,19. Siiiim! Vale muuuuito a pena. Não consigo nem imaginar voltar a usar os absorventes descartáveis… #consciênciaambiental #consciênciaecológica #conscientementeMulher!

*Atualização em 11/07/2021