Beleza sem crueldade

Este texto estava planejado desde Janeiro. Mas, adiei por inquietação.

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Agora, que está pronto, já não é mais o mesmo de quando comecei a escrevê-lo… no entanto, acho que está ainda melhor, visto que foi aprovada a proibição de uso de animais em testes para cosméticos, por meio da Resolução nº 58, de 24 de Fevereiro de 2023.

Esse tipo de texto é um daqueles que eu fico toda empolgada para escrever 🤩 porque além de ser informativo é, também, um assunto que faz parte da minha vida, já que procuro, sempre que possível, comprar produtos de marcas que não testam em animais.

O porquê disso é uma looonga história… mas, desde que estudei ética e justiça, uma disciplina da UFABC, e o professor trabalhou com o livro Ética Prática, do Peter Singer, eu consegui elaborar melhor o meu porquê de ser vegetariana e procurar produtos que não testam em animais…

Resumidamente, bem resumidamente, o argumento principal do autor é que os animais têm seus próprios interesses, assim como os bebês recém nascidos os têm. Apesar da fala ainda não desenvolvida nos recém nascidos, há meios de expressar sua dor, ou suas necessidades, assim como os animais o fazem, cada um a seu modo.

Então, o autor propõe a igualdade de interesses que seria a indesejabilidade de sentir dor. Quer dizer, não há ser vivo no mundo que queira sentir dor… a não ser que seja um masoquista; mas, vamos admitir a hipótese de que ninguém quer sentir dor 🙃

Por isso não é razoável que um ser senciente, com capacidade de sentir, de entender ou de perceber algo por meio dos sentidos, seja usado como meio para fins que não se justificam.

Além disso, o tema “beleza” é um negócio que dá altos lucros no mundo corporativo e só quem vive em busca de novidades – como eu – sabe o quanto de produtos anti-aging existe à venda 🤯 eu fico boba com a quantidade de produtos antienvelhecimento.

Pessoalmente, acho que é necessário se cuidar para envelhecer bem e não ‘não envelhecer’ 🤔 enfim.

Bom, me encaminhando para o fim, afirmo que a resolução, mencionada no início do texto, proíbe o uso de animais em pesquisas científicas de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (Agência Senado).

No que diz respeito a medicamentos, os animais continuam cobaias.
⌛ um passo de cada vez…

Não pretendo falar dos meus porquês de não comer carne por aqui.. mas, gostaria apenas de deixar para reflexão uma fala da Monja Coen que uma vez ouvi e nunca mais esqueci: “sou vegetariana porque estou num lugar que possibilita tal escolha” (…)

e a Vida é, antes de tudo, uma escolha 🫶

Bom, segue umas fotinhos da minha rotina skincare 100% cruelty free e parcialmente vegana…

#Dica do Reciclarte: Baixe o app Bunny Free para veficiar quais empresas não testam em animais.

Por hoje é isso. Até mais!!

Faxina Ecológica?!

Logo que eu soube da Semana Sustentável|Oficinas por um mundo mais verde, do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), me interessei pela oficina ‘Faxina Ecológica – Produtos de limpeza naturais’ porque, sempre que possível, opto por produtos cruelty free, não apenas por causa da questão animal, mas também por causa do monopólio das grandes corporações.

Mas, vamos por partes!

Para começar, o que são produtos cruelty free? Bom, são produtos que não testam em animais. Sim, eu sei! Uma grande parte dos produtos químicos, farmoquímicos precisam passar por testes biológicos para serem liberados para o consumo humano. Incluindo os novos medicamentos. Não é possível liberar um remédio alopático sem que seja amplamente testado em animais e, na última fase de pesquisa, em humanos.

Assim, grande parte das indústrias químicas/farmoquímicas testam em animais, pois trata-se de testes que avaliam se a substância é irritante, corrosiva, tóxica ou se causa danos ao DNA. E como eu sei de tudo isso?

Eu comecei o curso de farmácia, mas acabei trancando porque se trata de um ramo que bate de frente com TUDO o que eu acredito (resumindo essa questão, as pesquisas financiadas visam lucro, não exatamente a cura de doenças; e eu penso na saúde como direito, não como mercadoria).

Quem nunca teve uma reação ‘alérgica’ a algum produto químico? Não precisa ser algo tão grave, apenas um vermelhidão na pele ou coceira, por exemplo. Então, se o produto fez isso com você, imagine o que fez com os animais no processo de desenvolvimento… 😲

Assim, opto, sempre que possível, por produtos cruelty free. E sim, eu tomo remédios quando preciso e, pelos deuses, tomo vacinas e sou totalmente pró vacina, okay?

Muito bem! E a faxina ecológica com tudo isso?

Trata-se de produtos produzidos de forma caseira, com matérias primas menos agressivas e tão eficazes quanto os produtos químicos tradicionais. Eu sei que, muitas vezes, são produtos fabricados pelas mesmas empresas que testam em animais, mas só de serem menos agressivos e, muitas vezes, biodegradáveis, já basta para mim.

Além disso, há a questão dos rejeitos químicos que, por vezes, são despejados diretamente nos rios sem nenhum tipo de tratamento prévio. Aliás, se o rejeito for biodegradável não apresenta riscos ao ambiente nem à saúde. Para saber sobre a classificação dos resíduos, clique aqui.

Já nos encaminhando para o fim, segue a receita feita na oficina:

Ingredientes:
3 litros de água
1 barra de sabão de coco (200g)
50 ml de álcool (70 ou 94) OU 100ml de álcool 46
3 colheres de sopa (do medidor) de bicarbonato de sódio
Utensílios necessários:
Ralador
Panela grande (que caiba mais que 3L de água)
Medidores de colher
Fogão
Sabão líquido multiuso
Ativista Cristal Muniz

O modo de fazer você encontra aqui. Para saber quais empresas são cruelty free, clique aqui.

A oficina foi ontem, dia 09/10/2020. E eu estou indo hoje comprar os ingredientes para fazer 🙂

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*Além do link disponível acima para saber quais marcas são cruelty free, também existe um aplicativo disponível para Android e iOS (tradução das imagens feita por mim…)

*Atualização em 10/09/2022