Você sabia??

Este post é um relato do que aconteceu comigo um tempo atrás; não foi planejado porque eu achava que era bobeira falar sobre isso… mas, acabei considerando importante trazer como pauta do blog para refletirmos sobre nossa percepção de mundo…

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A UFABC, em Santo André, fica à margem do Rio Tamanduateí que é canalizado e sujo – como praticamente todos os rios urbanos são.

Eu estava caminhando para a Universidade, passei pela ponte e vi uma família de capivaras no rio, parei para olhá-las um pouco na natureza – ainda que uma natureza imunda como o rio está…

Aí, uma senhora parou com a filha dela e elas começaram a conversar entre si (e eu ouvi a conversa 🤷‍♀️), estavam falando sobre a Filó que era tão bem tratada e foi alvo daquele bafafá, teve que voltar para a natureza; e olha só essas daqui (as capivaras que estavam no rio) “todas largadas nessa sujeira” (…) “olha aquela ali” – apontando uma delas que estava com um passarinho pousado nas costas.

Depois de tempinho, fomos todas embora e eu fiquei pensando sobre a conversa que eu ouvi 😏 me julgue!!

A reflexão é: Animais silvestres não devem ser mantidos como pet.
Capivaras são animais silvestres.

Logo, capivaras não devem ser mantidas como pet.

Só que a gente não entende isso. A gente não entende que o rio é o habitat das capivaras, porque ele se tornou depósito de rejeito, de lixo, nosso lixo. A gente não consegue conceber o rio como lar, como fonte de alimento, porque não estamos educados para isso. Nós compramos peixes como se eles fossem produzidos em fábricas.

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Tudo isso para dizer que a domesticação é um processo biológico que leva milhares de anos. Eu não sou da área de biológicas, mas o intuito do blog é Valorar Ideias, por isso decidi trazer à reflexão esse tema.

Há indícios de que o processo de domesticação de fauna e flora começou no período neolítico. A domesticação da flora permitiu que a agricultura se expandisse, possibilitando a troca, ou comércio – se preferir, entre os povos.

Os nossos queridos cachorros – aqueles que a gente não merece – são descentes de lobos, domesticados há +- 30 mil anos. Por isso se diz: animal silvestre não é pet 🐶

Se uma pessoa quer um animal silvestre, ela precisa de autorização para manter esse tipo de animal em casa. E sim, existe legislação para isso. LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998, que Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Em seu Capítulo 5 – DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE – Seção I – Dos Crimes contra a FaunaArt. 29: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.

Enfim, o lugar das capivaras é no rio. A gente que deveria exigir que o rio fosse limpo e saudável para que o nosso meio ambiente urbano fosse mais agradável e os animais silvestres pudessem viver livremente… sobre a Filó, nem falo nada. Fica aí a reflexão para sua própria conclusão!!

Até mais!

Beleza sem crueldade

Este texto estava planejado desde Janeiro. Mas, adiei por inquietação.

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Agora, que está pronto, já não é mais o mesmo de quando comecei a escrevê-lo… no entanto, acho que está ainda melhor, visto que foi aprovada a proibição de uso de animais em testes para cosméticos, por meio da Resolução nº 58, de 24 de Fevereiro de 2023.

Esse tipo de texto é um daqueles que eu fico toda empolgada para escrever 🤩 porque além de ser informativo é, também, um assunto que faz parte da minha vida, já que procuro, sempre que possível, comprar produtos de marcas que não testam em animais.

O porquê disso é uma looonga história… mas, desde que estudei ética e justiça, uma disciplina da UFABC, e o professor trabalhou com o livro Ética Prática, do Peter Singer, eu consegui elaborar melhor o meu porquê de ser vegetariana e procurar produtos que não testam em animais…

Resumidamente, bem resumidamente, o argumento principal do autor é que os animais têm seus próprios interesses, assim como os bebês recém nascidos os têm. Apesar da fala ainda não desenvolvida nos recém nascidos, há meios de expressar sua dor, ou suas necessidades, assim como os animais o fazem, cada um a seu modo.

Então, o autor propõe a igualdade de interesses que seria a indesejabilidade de sentir dor. Quer dizer, não há ser vivo no mundo que queira sentir dor… a não ser que seja um masoquista; mas, vamos admitir a hipótese de que ninguém quer sentir dor 🙃

Por isso não é razoável que um ser senciente, com capacidade de sentir, de entender ou de perceber algo por meio dos sentidos, seja usado como meio para fins que não se justificam.

Além disso, o tema “beleza” é um negócio que dá altos lucros no mundo corporativo e só quem vive em busca de novidades – como eu – sabe o quanto de produtos anti-aging existe à venda 🤯 eu fico boba com a quantidade de produtos antienvelhecimento.

Pessoalmente, acho que é necessário se cuidar para envelhecer bem e não ‘não envelhecer’ 🤔 enfim.

Bom, me encaminhando para o fim, afirmo que a resolução, mencionada no início do texto, proíbe o uso de animais em pesquisas científicas de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (Agência Senado).

No que diz respeito a medicamentos, os animais continuam cobaias.
⌛ um passo de cada vez…

Não pretendo falar dos meus porquês de não comer carne por aqui.. mas, gostaria apenas de deixar para reflexão uma fala da Monja Coen que uma vez ouvi e nunca mais esqueci: “sou vegetariana porque estou num lugar que possibilita tal escolha” (…)

e a Vida é, antes de tudo, uma escolha 🫶

Bom, segue umas fotinhos da minha rotina skincare 100% cruelty free e parcialmente vegana…

#Dica do Reciclarte: Baixe o app Bunny Free para veficiar quais empresas não testam em animais.

Por hoje é isso. Até mais!!