Bacharela em Ciências (Sociais) e Humanidades pela UFABC. Em 2013 concluí curso técnico em Meio Ambiente pelo SENAC e me apaixonei pela área. Desde quando voltei a estudar (2018), descobri que amo fazer mapas e tive oportunidade de trabalhar com geoprocessamento durante todo o período da minha graduação. O Reciclarte é uma síntese dos pensamentos que passam pela minha cabeça, já que sou praticamente um repositório ambulante de ideias...🤯
Conforme o tempo vai passando, as coisas vão mudando e nós vamos nos acostumando com as ‘novas coisas’ sem questionar, nem mesmo pensar, sobre as coisas antigas…
Bom, para responder a pergunta consumimos para quê, é necessário definir o que se consome. Ar, em primeiro lugar. Assim que um bebê nasce ele respira por conta própria; depois, água, alimento, roupas e conforme crescemos vamos expandindo nossas necessidades.
Assim, consumimos informação, educação formal, tempo, pessoas, lugares… o ato de consumir é tão arraigado na vida cotidiana que fala-se sobre sociedade de consumo, tendo em vista que consumir se tornou uma ação que vai além de suprir necessidades básicas.
Nesse ponto, é preciso diferenciar consumo de consumismo. Enquanto o consumo é preciso enquanto necessidade básica, como oxigênio, água e alimento, o consumismo é atribuído à sociedade como característica que chega quando o consumo assume papel principal no arranjo social.
Tive a oportunidade de pesquisar sobre consumo e suas abrangências e acabei encontrando alguns estudos muito interessantes sobre o assunto… Eis abaixo alguns tópicos super interessantes:
✅ Consumo e Subjetividade ✅ Consumo baseado no Individualismo como Projeto de Sociedade ✅ Consumo e Felicidade ✅ Consumo e a Identidade no Mundo Líquido ✅ Consumo e o Antropoceno
Como você pode notar, não é nem um pouco fácil responder à questão inicial, consumimos para quê? Uma das coisas que se pode dizer é: o consumo te consome?
Está sempre em falta de algo e tenta preencher essa falta consumindo? Se sim, consumindo o quê?
Se você consome para suprir certa falta, talvez seu consumo seja moldado pelo primeiro tópico da minha pesquisa, consumo e subjetividade. Ou, talvez, você consuma para se sentir feliz, já que o mote publicitário é sempre aquele de que o produto desejado te fará feliz, se comprado…
“Algumas coisas não têm preço, para todas as outras existe (aquele cartão de crédito que veio à sua mente 🙃)”
Ou seja, o objeto desejado está no horizonte daquilo em torno do qual gravitam as fantasias das pessoas. O ideal. Se eu tiver isso, eu serei aquilo… Enfim!
O papo é longo e interessantíssimo! Na minha humilde opinião, é claro! Mas se você concordar, me deixe saber nos comentários para eu produzir o texto “O consumo te consome? Parte 3″… E se você nunca leu a parte 1, clique aqui
De acordo com alguns especialistas, sim; fabricamos epidemias e pandemias… neste post, pretendo te contar o porquê…
Ao longo da história da humanidade, os seres humanos foram se adaptando ao ambiente e domesticando plantas e animais. Nesse processo, os organismos evoluíram adaptando-se uns aos outros, cada um em seu ‘espaço’ natural: os animais selvagens nas matas e os seres humanos nas ‘áreas urbanas’.
No entanto, ao longo dos anos, os seres humanos foram se deslocando para outras áreas… o final do século XX evidencia esse movimento de expansão da humanidade, visto que foi marcado pela acelerada integração dos sistemas econômicos nacionais à uma dinâmica global.
Tal dinâmica facilitou muitos processos, inclusive, a mobilidade das pessoas e de mercadorias entre países 🌐 antes da metade do século XX não era possível ir para o outro lado do Planeta em algumas horas com apenas um voo…
Entretanto, essa mudança no eixo do mundo trouxe consigo consequências proporcionais.
Quanto mais aumenta a população, mais necessidade de alimentos, saúde, educação, água potável… as oportunidades, em geral, estão nos grandes centros, causando assim adensamento urbano; e tudo isso leva à pressão sobre o meio ambiente em busca de recursos naturais.
E as epidemias/pandemias com tudo isso? Relativamente fácil responder essa pergunta… vem comigo! 🙃
As sociedades contemporâneas optam por produzir de forma pouco sustentável; desde a padronização de culturas de alimentos até a criação de animais de forma industrializada… dois problemas a serem explorados…
Para padronizar as culturas é necessário desmatar grandes áreas. Essas áreas desmatadas são, na verdade, morada de animais silvestres que perdem o lar e, assim, os que sobrevivem migram para outros lugares..
Além dela, o pesquisador norte americano Mike Davis publicou, em 2005, seu livro o monstro bate à nossa porta – a ameaça global da gripe aviária, no qual ele relata a possibilidade de uma pandemia causada pela forma de criação de animais para abate.
Na tabela 7.2 de seu livro, ele detalha os surtos de H5 e H7 (nomenclaturas das gripes; exemplo: H1N1; H5Nx; H7Ny…) que ocorreram nos EUA a partir de 1997. Reproduzi a tabela abaixo:
Ano
Vírus
Local
1997
H7N3
Utah
1997-98
H7N2
Pensilvânia
2000
H7N2
Flórida
2001
H7N2
Pensilvânia, Maryland, Connecticut
2002
H7N2
Shenandoah Valley, Nova York, Nova Jersey
2002
H5N3
Texas
2002
H5N2
Nova York, Maine, Califórnia
2002
H5N8
Nova York
2002
H5N1
Michigan
2003
H7N2
Connecticut, Rhode Island
2003
H7N2
Infecção humana em Nova York
2004
H5N2
Texas
2004
H7N2
Maryland, Delaware, Nova Jersey
Livro: O monstro bate à nossa porta. Página 117
Parece mentira, né? Mas não é. A seguir algumas reportagens de animais que foram sacrificados em grandes quantidades por serem um risco à saúde pública. A primeira reportagem é de 2005, o mesmo ano que o livro de Davis foi publicado.
Em 2020-21 o mundo conheceu a COVID-19, que também é causada por um vírus de origem zoonótica e não há garantias de que não venham outros vírus por aí… ao contrário, quanto mais adentrarmos os espaços naturais, mais os animais, e a natureza de um modo geral, ficarão sob pressão, caracterizando, inclusive, a perda da biodiversidade…
Me encaminhando para o final, deixo um texto mais acadêmico, caso você queira se arriscar e, detalhe, foi publicado em 2009, mais de uma década atrás… Gripe aviária: a ameaça do século XXI.
Para terminar, deixo para reflexão um trecho do prefácio do livro de Davis:
“As grandes epidemias, como as guerras mundiais e as fomes coletivas, massificam a morte, tornando-a um evento além de nossa compreensão emocional (…) ninguém deplora por uma multidão nem lamenta à beira do túmulo de uma abstração”.
Compartilhe! E até mais 💚
*Nos primeiros 15 dias de janeiro de 2024 foram registrados 472 casos de acidentes com animais venenosos, como escorpiões, aranhas marrom e armadeira, serpentes, entre outros. Para a médica veterinária Gisele Freitas, do Centro de Vigilância Epidemiológica, “Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano” (Fonte da informação: Agência Brasil – São Paulo). Leia mais aqui.
Tive contato com questões de saúde pública e meio ambiente no curso técnico, fazendo este trabalho sobre febre tifoide. Fiquei tão impactada que questões socioambientais se tornaram o centro da minha atenção.
Quando falamos em meio ambiente é impossível não considerar as condições sociais, por isso o termo socioambiental é tão importante. Por exemplo, a doença de chagas é endêmica de locais onde a infraestrutura residencial é precária, em sua maioria na região Norte do país, segundo o Ministério da Saúde.
Trazendo um exemplo mais próximo, a própria pandemia de COVID-19 é um exemplo, visto que há indícios de que o vírus tenha surgido em um mercado úmido asiático. E não se engane! Não se trata apenas da China e demais países asiáticos…
Várias epidemias já ocorreram por conta do contato entre animais selvagens e seres humanos; no próximo post falarei um pouco mais sobre isso.
Por ora, quero apenas enfatizar que a qualidade do ambiente impacta na vida de seus residentes, de forma decisiva.
Temos o mau hábito de pensar que poderemos viver em Marte com a tecnologia da SpaceX. Enquanto isso, estima-se que aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem por ano por viverem expostas a ambientes poluídos.. e o mais impressionante, aqui na Terra mesmo..
Conforme disse Carl Sagan ‘o nosso planeta é indivisível’. Aliás, se você nunca leu meu post O que é Meio Ambiente? leia aqui.
Questões de saúde pública estão relacionadas ao modo de vida e produção. Por exemplo, ao autorizar o uso de mercúrio, que é um metal tóxico e biocumulativo, em garimpos, autoriza-se a contaminação por mercúrio, tanto do ambiente quanto dos seres humanos envolvidos na garimpagem.
Tal contaminação gera danos incalculáveis; como a barragem de rejeitos da Vale que se rompeu e matou um rio. Veja, MATOU UM RIO! E PESSOAS. Os rios são ecossistemas complexos que abrigam milhares de vidas aquáticas e servem, ainda, de fonte de renda para muitas pessoas que dependem dele.
Bom, me encaminhando para o final, quero já deixar o tema do próximo post, que será sobre as epidemias, desmatamento e a forma de criação de animais para abate.
A natureza, como um todo, é cíclica. Temos a rotação do planeta, a translação ao redor do Sol, as estações do ano, os ciclos biogeoquímicos… o Planeta é um sistema fechado que se autossustenta a partir de seus organismos biodiversos que garantem sua manutenção.
O organismo feminino segue à risca tal regra. Todos os meses o organismo das fêmeas humanas se prepara para conceber uma nova vida (se você não leu meu post anterior, recomendo que leia… você o encontra aqui). Na natureza, as fêmeas, em geral, são os organismos capazes de gerar filhotes, para manutenção da espécie.
(um fato interessante e curioso: apenas a fêmea humana menstrua todos os meses, as outras espécies têm ciclos reprodutivos diversos, geralmente sazonais… 🤷♀️)
Enfim, as fêmeas, de um modo geral, são cíclicas, como a natureza…
Mas, configuramos, ao longo de centenas de anos, um modo de pensar linear. Não cíclico. Parece que tudo vai para frente, mas não existe ‘frente’. Veja, é aquela velha história de que o futuro não existe, nem o passado, apenas o agora… meio difícil pensar o tempo atemporal… 🤯
Tudo isso, na verdade, para falar sobre as alternativas sustentáveis dos absorventes descartáveis. Uma vez que o ciclo menstrual dura, pelo menos, 3 décadas, e considerando que somos metade da população do Planeta, penso que seja interessante pensar num modo de menstruar menos residual… afinal, do ponto de vista do Planeta não dá pra jogar lixo fora, porque não existe fora…
(obs. existem mulheres que tomam pílula para não menstruar… conheço algumas que super gostam e tals…)
Desde que decidi parar de usar os absorventes descartáveis minha percepção sobre mim mudou; e bastante!! Estava ‘programada’ para menstruar conforme o ciclo dos hormônios sintéticos das pílulas anticoncepcionais. E nem tinha muita consciência sobre meu ciclo, nem sabia/entendia como eu ‘funcionava’…
Foi uma decisão muito acertada parar a pílula e começar a usar os absorventes ecológicos. Claro, isso foi uma opção minha. Ninguém aqui tá falando faça o que eu faço!!!
Fiz minha transição aos poucos. Primeiro comprei 2 absorventes para dormir e eu gostei. Depois comprei um kit e fui me adaptando a minha nova ‘rotina mensal’. Comecei a perceber como eu me sinto ao longo do ciclo e como essas mudanças emotivas interferem na minha vida, inclusive, na minha produtividade.
A quantidade de absorventes ecológicos depende da duração da menstruação de cada mulher… estou relatando aqui a minha experiência. Minha menstruação dura, em média, 5 dias e durante esses dias eu uso 12 absorventes. Um ponto negativo é que eles demoram MUITO para secar, tipo, mais de 24h.
E sim, é necessário lavar! Lavamos todas as roupas antes de usá-las, inclusive as roupas íntimas, assim, lava-se, também, os absorventes. E não tem segredo algum. A única diferença é deixar de molho e sempre trocar a água. No fim da menstruação, lave à mão ou coloque na máquina de lavar. E coloque para secar ao sol ☀️
(eu poderia, inclusive, falar sobre fraldas ecológicas… mas considerei assuntos infantis inapropriados para o blog… se um dia eu for mãe, e ainda tiver o blog, assuntos infantis poderão se tornar pautas para valoração de ideias 🤷♀️)
Bom, vamos agora falar sobre preços… e lembre-se, deve-se considerar a vida útil dos absorventes ecológicos que é, em média, mais de 5 anos. Então, segue o que gastei com meus 12 absorventes:
Marca
Quantidade
Preço
Recomendo (?)
Inciclo
2
61,79
Não
Korui
3 – conforto natural
102,74
Mais ou menos
Korui
Kit Moderado – conforto seco e bolsa impermeável
173,24
Siiim, SUPER!
EcoAbs
2
79,69
Sim
Total
12
417,46
–
Todos os preços estão com o frete incluso.
Como eu disse acima, fiz a transição aos poucos, então não gastei 417 reais de uma só vez… os da marca inciclo eu não recomendo porque saem do lugar e não aguentam fluxos muitos intensos…
Os korui – conforto seco – são os meus queridinhos… eu AMO demais. Não troco por nada… a marca também tem os conforto natural, que também são muito bons, 100% hipoalergênico. Mas, o conforto seco me ganhou 😍
E por fim, os EcoAbs que são excelentes! Mas achei um pouco grosso demais; embora a absorção seja excelente. Bom, minha intenção é compartilhar uma forma de ser, tendo em vista a quantidade de absorventes descartáveis que utilizamos ao longo da nossa vida fértil…
Utilizando a calculadora de absorventes, em 5 anos menstruando com fluxo de 5 dias, eu usaria 1.304 absorventes, que equivaleriam a 46kg de lixo e R$ 652 reais. Todos esses absorventes descartáveis, feitos de plásticos e conservantes, levam 500 anos para se decompor…
Com os meus 12 absorventes ecológicos eu gastei 417 reais; não gerei lixo, me percebi cíclica, comecei a entender melhor o meu funcionamento e, o mais chocante, descobri que não existe odor algum na menstruação! Isso mesmo!
Todo e qualquer possível odor que ocorra durante esse período é causado pela ‘asfixia’ do sangue em contato com a pele, visto que o plástico impede a pele de respirar. Com os absorventes ecológicos a pele transpira normalmente e não gera cheiro algum…
Além de tudo isso, o descarte dos ecológicos é menos impactante, podendo ter suas camadas de tecidos separadas, depois de limpo, e jogadas em lixos apropriados para cada tipo de tecido. Eu ainda não precisei descartar os meus…
Você pode até questionar a quantidade de água gasta na lavagem… Mas, o assunto água dá pano pra manga… precisa de posts específicos para falar sobre a quantidade de água gasta, tanto na produção quanto no consumo doméstico…
Bom, encaminhando-nos para o final, segue algumas recomendações, caso seja de seu interesse: museu da menstruação – (site em inglês); menstruação sustentável (para entender um pouco mais sobre o assunto); e se você é mamãe ou papai e ficou curiosa/curioso sobre as fraldas ecológicas, só espiar aqui.
Bom, é isso!!!
Tchau! Ah, e compartilhe com seu amigues!!
*Devido às alterações hormonais, meu fluxo ficou mais intenso (uhul… isso significa que voltei a produzir hormônios normalmente 😍 depois de mais de uma década ingerindo os hormônios sintéticos das pílulas…) e precisei de mais 3 absorventes ecológicos. Comprei os conforto seco da Korui, sendo 2 noturnos e 1 normal; total com o frete: R$ 125,73. Somado aos 417 reais anteriores, totaliza: R$ 543,19. Siiiim! Vale muuuuito a pena. Não consigo nem imaginar voltar a usar os absorventes descartáveis… #consciênciaambiental #consciênciaecológica #conscientementeMulher!
Todos os meses o organismo feminino em idade fértil se prepara para conceber uma nova vida.
O primeiro dia da menstruação é o primeiro dia do ciclo menstrual. A menstruação dura, em média, entre 3 a 5 dias e, assim, o organismo começa a se preparar para liberar um óvulo.
Quando o óvulo é liberado o organismo forma o corpo lúteo e dá início à fase lútea do ciclo. O óvulo liberado vive em torno de 24h no organismo e se encontrar um espermatozoide gera, a partir daí, um feto, que se tornará um bebê.
No entanto, nem todos os meses as mulheres concebem novas vidas. Então, o organismo se encarrega de ‘se desfazer’ da casa onde o possível bebê viveria até vir à luz.
O endométrio – camada de sangue que alimenta o feto até o útero formar a placenta, que por sua vez alimentará o bebê até seu nascimento – se desprende e sai de dentro do corpo em forma de menstruação.
Em geral, a menstruação é meio que um tabu… Somos instruídas (ou éramos na minha época ) a não falar muito sobre isso… e usar absorventes descartáveis.
Menstruamos, em média, 35 anos, contando da primeira menstruação até a menopausa e, durante todo esse tempo, passamos por 420 ciclos aproximadamente. Nesses ciclos todos, usamos, pelo menos, 8.160 absorventes descartáveis, dependendo da duração da menstruação.
Cada mulher em idade fértil usa, em média, 8.160 absorventes descartáveis. Somos metade da população do planeta. Ou seja, metade da população do planeta, mais cedo ou mais tarde, precisará usar absorventes…
Ocorre que nem todas as mulheres têm acesso a absorventes e isso é uma característica da pobreza menstrual que afeta milhões de mulheres ao redor do mundo.
Além da pobreza menstrual, há também a questão dos resíduos gerados: cada mulher com acesso a absorvente gera, em sua vida fértil, cerca de 8.160 absorventes a serem descartados…
E isso é muito bom! Apesar do impacto dos resíduos… Que abordarei no próximo post
Sobre pobreza menstrual, existe um documentário que me marcou muito: Period. End of Sentence, que mostra a vida de mulheres indianas que não têm acesso a absorventes e acabam expostas da pior forma; sendo destituídas de toda sua dignidade e afetando, inclusive, sua subjetividade. Além das questões de saúde, saneamento básico e água limpa.
Recomendo que você assista, caso o assunto te interesse… E caso você menstrue e queira saber quantos absorventes você já usou durante sua vida, utilize a calculadora de absorventes.
A pobreza menstrual é um problema muito sério e triste, uma vez que retira de mulheres e meninas a dignidade de ser e agir em suas próprias vidas, por causa de uma condição biológica essencial à manutenção da vida e da espécie humana.
A pobreza em si já tem muitas faces, desde a fome até a condição de ‘morar‘ na rua (…) entre tantas outras privações… e quando se é mulher, a condição de pobreza vai além, adentrando questões que constitui toda uma subjetividade acerca do ser em si.
Por isso decidi colocar como título deste post ‘menstruar – verbo que não se conjuga para ele’, visto que certas situações só quem é mulher/menina passa…
Empoderar mulheres significa, antes de tudo, garantir dignidade e acesso a serviços, itens de saúde, informações sobre o funcionamento do próprio organismo para que possam exercer sua humanidade atuando em suas próprias vidas de maneira íntegra!
Se você quiser saber mais sobre ciclo menstrual, clique aqui.
obs. não detalhei questões transgênero pois, considerei a reflexão geral acerca da pobreza menstrual o foco do post
Valore ideias e compartilhe com seus amigues!!
*Foi publicado em Maio de 2021 um estudo sobre Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos; o link para tal estudo está no repositório #4.