Em que mundo queremos viver?

Quando criança eu imaginava e imaginar era um problema; fui criada para obedecer, vestir rosa e alcançar expectativas nas quais eu não cabia. Cresci e continuo imaginando, e não cabendo em muitas expectativas…

Sempre que o fim do ano chega me faz refletir sobre o ano que está acabando e, invariavelmente, sobre o ano que está chegando. Em geral, prefiro ano novo porque me dá sensação de recomeço e isso me acalma. Eu gosto de pensar na vida como um eterno recomeço…

Bom, o ano de 2020 foi fatídico. Que ano! Acredito que muitos de nós não sairemos os mesmos de 2020. Seja a que nível for. Isso me faz imaginar que mundo queremos. Se é que queremos algo. O que nós estamos construindo?

A pandemia de covid19 deve ter mostrado algumas coisas, para quem estava apto a ver…

Uma delas é que a vida na Terra é uma só. Não é possível estar no Planeta e passar intocado pelas mazelas globais. Talvez esse senso de unidade fosse necessário. Mas, me pergunto se realmente este senso surgiu ou se eu que imagino demais..

Tanto faz! Você pode até dizer que sou uma sonhadora mas, talvez eu não seja a única 😉

Construímos o mundo à nossa imagem e semelhança. Às vezes, olho ao redor e penso, como a gente tolera tanta violência, pessoas com fome, crianças na rua, mentiras por todos os lados. Para onde estamos indo? Existe alguma chegada?

Eu gosto muito do enigma da esfinge de delfos, eu vou te contar aqui rapidinho… decifra-me ou te devoro: o que é o que é, ‘de manhã anda de 4, ao meio dia anda sobre 2 pernas e ao entardecer caminha com 3‘. Quem errasse seria devorado.

Você seria devorado(a)?? Eis a questão.

Para não ficar chato, vou te contar o que é, né?! O próprio homem, no sentido de humanidade. Quando bebê engatinha, depois caminha e na velhice usa bengala. Sugestivo! A interpretação é livre, então vou te falar a minha.

É o famoso ‘conheça a ti mesmo’. Se conheceres, conhecerás os deuses e o universo; senão, tudo o que te falaram que você é vai te devorar.

Imaginando tudo isso e considerando este fatídico ano de 2020, arrisco dizer que a humanidade tem se devorado. É natal e a felicidade é trazida pela coca-cola, pelas compras de final de ano, muitas vezes, divididas em várias parcelas…

Devorando-nos enquanto sociedade, fracassamos no sentido de coletividade. Os valores que regem o mundo são os mesmo que regem as nossas vidas particulares. Por isso eu coloquei na imagem de apresentação a frase ‘nada muda se a gente não mudar’.

Eu sei que o que eu estou dizendo tende a ser individualista demais. Mas, considerando o princípio da psicanálise e de algumas tradições de autoconhecimento, não é possível partir de outro lugar que não seja a gente mesmo. A vida é um enigma a ser vivido, não desvendado.

E no fim a gente vai sendo o que dá para ser. Faço votos de que possamos imaginar e criar a partir de nossa imaginação um mundo melhor, mais solidário, mais voltado para dentro. Como disse Carl Jung: ‘quem olha para fora sonha; quem olha para dentro desperta’.

Que possamos despertar para o que realmente importa na vida: a própria vida; de todos os seres viventes!

Boas Festas!

e-lixo?!

Nos dias 4 e 5 de Dezembro (2020), a cidade de Santo André (minha cidade natal) promoveu um drive-thru para descarte de REEE – Resíduos de Equipamentos EletroEletrônicos.

A iniciativa aconteceu em parceria com a Green Eletron e recolheu mais de 8 toneladas de resíduos eletroeletrônicos. Impressionante, né?!

Se você acompanha o blog, já sabe que escrevi sobre o impacto da obsolescência programada e como tal ação afeta a geração e o descarte de lixo eletrônico, além da pressão que exerce sobre a extração dos recursos naturais.

Ao pesquisar para escrever este post, me deparei com o decreto Nº 10.240/2020 que estabelece normas para a implementação de sistema de logística reversa obrigatória de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes. QUE MÁXIMO!! No decreto há a relação dos produtos eletroeletrônicos elegíveis à logística reversa.

Em continuação à minha pesquisa, descobri que para Green Eletron Eletrônico não é Lixo! E claro, gostei tanto que virou este post especial para você! Não é de hoje que venho aqui escrever sobre resíduos, rejeitos, logística reversa, reciclagem, enfim.

Se você quiser saber um pouco sobre esses termos, recomendo que você leia o lixo que a gente joga fora 😉

O objetivo deste post é divulgar a logística reversa em ação. Incrível, né?!

A preocupação com a sustentabilidade vem ganhando espaço nos debates públicos sérios e a Green Eletron nasceu para destinar de forma ambientalmente correta o chamado ‘e-lixo’, que na verdade não é lixo; ao contrário, pode ser uma forma de geração de empregos e renda, se destinado da forma correta.

O Semasa, na cidade de Santo André, já disponibiliza estações de coleta e, devido à pandemia, implantou o modelo drive-thru que foi um verdadeiro sucesso! Segundo o diretor de resíduos sólidos do Semasa, Edi Ferreira dos Santos:

“Logo no primeiro dia nós já tínhamos ultrapassado o número de participantes das duas edições anteriores juntas. Como tivemos um retorno positivo deste formato de ação, vamos realizar o drive-thru duas vezes por ano”.

Foram mais de 600 residentes de Santo André que passaram pelo drive-thru, que além de arrecadar mais de 8 toneladas em equipamentos velhos ou sem uso, também recolheu 165 kg de pilhas, o que equivale aproximadamente 9,75 mil unidades, em estimativa 😲

Eu, obviamente, levei os resíduos eletroeletrônicos aqui de casa e recomendo fortemente que você faça o mesmo!

Encontre o ponto de coleta mais próximo de você e não se esqueça de verificar o que pode ser descartado.

Também é possível verificar no site da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos onde você pode descartar seu resíduo e não se esqueça de verificar o que pode ser descartado 😉

De qualquer forma, esteja onde estiver, sugiro que procure a prefeitura de sua cidade ou alguma associação de logística reversa/reciclagem para se informar sobre postos de coleta e jamais se esqueça:

#EletronicoNaoELixo, compartilhe essa ideia! Tchau!

Em que Espaço você quer viver?

Gostaria, antes de tudo, de dizer que este post fica categorizado como uma ‘reflexão diversa’. Pois, como voltei a estudar e estou em processo de aprendizagem, a responsabilidade em falar sobre urbanização e território é muito grande e eu ainda não tenho conhecimento suficiente para afirmar algo… Mas, como pensar é livre, valoremos ideias!

Esses tempos atrás, muito se falou da reforma do Anhangabaú e eu fiquei pensando em escrever sobre isso, mas não sabia exatamente o quê escrever… Então, assisti Cidades possíveis: construção coletiva e decidi sobre o que escrever: Imaginação!

Imagine uma cidade perfeita, como seria? A minha teria árvores, bancos para sentar, sorveterias, seria limpa, teria hortas urbanas, centros comunitários, o que mais?? Estacionamento para bicicletas e patins. Não teria carros! Me julgue 🥰

Quando penso em cidade, penso em algo assim, feito para aconchegar pessoas! Mas eu sei que sou meio idealista e as grandes metrópoles impõe outras demandas. Okay.

As cidades são meio caóticas, sujas (nem todas…), com ruas demarcadas para carros, que se congestionam e formam filas intermináveis com buzinas e xingamentos… beeeeem distante da minha cidade ideal 😂

Mas, o que quero propor aqui é: pensar nas cidades. Desde que assisti o documentário Entre Rios, minha visão da cidade de São Paulo mudou completamente; não só de SP, mas de qualquer cidade, na verdade!

Já parou para pensar no Vale do Anhangabaú? É o Vale do Rio Anhangabaú mas, ao passarmos por lá não há rio algum porque está enterrado. As cidades foram construídas em cima de rios, literalmente. Veja só o Vale do Anhangabaú, Hoje e em 1927:

Imagem: Via trólebus

Percebe que na foto de 1927 existe um rio que hoje em dia ‘não existe mais’? Ocorre que só não existe aos nossos olhos. A natureza não perde sua função natural só porque a gente mexeu um pouco em sua estrutura. As enchentes que ocorrem, sempre que chove, nada mais é do que o rio enchendo. Como deve ser!

(Obviamente, não estou romantizando a questão do descarte errado do lixo e suas consequências. Lixo deve ser jogado na lixeira e sim, se jogado no chão, acaba indo parar nos leitos hídricos!)

O mesmo com o rio Pinheiros, que hoje em dia é só a ‘marginal Pinheiros’ dos telejornais, mas veja só como era:

Rio Pinheiros – Sua História e Perspectivas

É claro que tudo isso não é exclusivo de São Paulo. Em Minas Gerais, o projeto ‘Entre Rios e Ruas’ sinaliza córregos de Belo Horizonte. Trata-se de uma intervenção da artista plástica Isabela Prado, que visa resgatar a memória dos córregos cobertos e canalizados da capital mineira.

Eu achei essa intervenção genial! Por isso decidi compartilhar este post com você! Achou incrível?? Como é a cidade onde você mora? Está boa para você? Deixe nos comentários… eu adoraria ler sobre como seria sua cidade ideal…

E se você gosta de museus/exposições, recomendo que visite o Pateo do Collegio. Tem uma maquete lá que mostra como o Espaço era antes de se tornar a São Paulo urbanizada que a gente conhece. Gostou?? Compartilhe com seus amigos, okay? Até mais!

Obsolescência, você sabe o que significa?

Quando compramos uma coisa que queremos muito, ficamos felizes, certo? Certo! E é natural que seja assim. No entanto, conforme a gente vai se acostumando com a sensação de felicidade proposta por essas compras, essas compras vão deixando de nos satisfazer. E assim entramos num ciclo de compra e descarte sem fim!

O que não nos é dito, é que existe todo um mecanismo para nos fazer desejar novos produtos, seja o modelo mais novo ou o modelo antigo que ficou mais lento…

Todo produto possui uma vida útil que é determinada por três fatores: composição física, funcionalidades e percepção de utilidade. É claro que tudo se torna obsoleto um dia; entretanto, nem sempre a obsolescência de determinados produtos ocorre de forma natural. Essa obsolescência ‘não natural’ se chama obsolescência programada.

Isso mesmo! Programada.

Ao buscar a palavra obsolescência no Dicio, dicionário on-line, ele nos dá duas definições: (1) substantivo feminino que significa ‘estado do que está prestes a se tornar inútil, ultrapassado ou obsoleto; (2) em economia: limitação ou redução da vida útil de um mecanismo, objeto ou equipamento, pelo aparecimento de outros superiores ou novos.

A obsolescência programada reduz propositalmente o tempo de vida de um produto, criando a necessidade de adquirir um produto novo em seu lugar, podendo ocorrer em três aspectos: obsolescência de função, obsolescência psicológica e a obsolescência de qualidade (eu não vou especificar os três aqui, mas deixarei a referência no final do post).

Tal prática está associada ao avanço e à inovação tecnológica. Já parou para pensar no impacto ambiental que a obsolescência programada tem sobre os recursos naturais? Além da extração predatória da natureza, pense na geração de resíduos provenientes da obsolescência acelerada provocada pela inovação… Sabe aquele lixo que não é rejeito?

Não existe preocupação em reconduzir produtos para a reciclagem, por meio, por exemplo, da logística reversa, o que poderia reduzir a demanda por recursos naturais. Além disso, segundo a ONU News (2019), o mundo produz cerca de 50 milhões de toneladas de e-lixo por ano e apenas 20% desse lixo é reciclado.

Na verdade, a parte do mundo que tem acesso à inovação tecnológica gera cerca de 50 milhões ton/ano de e-lixo.

Segundo a mesma fonte, existe um movimento ilegal de transferência do lixo eletrônico das nações desenvolvidas para os países em desenvolvimento. Países da África recebem containers cheios de e-lixo, os quais são considerados resíduos perigosos, com potencial de contaminação de pessoas e do ambiente.

Países que recebem esses e-lixo são conhecidos como ‘cemitérios de eletrônicos’ e, eu arrisco dizer que, essas populações não geram lixo eletrônico como as populações do mundo desenvolvido. Mas, vamos voltar à produção.

Imagine se as coisas durassem por muito tempo, respeitando a vida útil do produto e sua obsolescência natural… Imagine se todas as lâmpadas fossem iguais a Lâmpada Centenária, que está acesa desde 1901…

É possível concluir que a obsolescência programada faz parte da estrutura da produção capitalista? Quanto mais se inova, mais lucro se obtém. Se os produtos não tivessem seu tempo de vida útil reduzido artificialmente, as indústrias não teriam que fabricar novos produtos em tão pouco tempo. Calma!! Nem tudo é papo é comunista 😉

Talvez, fosse possível apenas aumentar o tempo de vida útil dos produtos para fazer com que a extração dos recursos naturais não seja tão intensiva. Ou então, regulamentar a produção, impondo a logística reversa, visando reintroduzir os materiais de volta ao processo produtivo e, assim, diminuir potencialmente a demanda por matéria prima. Enfim! Valorando Ideias…

Já me encaminhado para o fim, deixo a seguir algumas fontes, caso você queira se aprofundar um pouco no assunto.

Documentário: Obsolescência Programada – The Light bulb Conspiracy – Documentário Dublado

Monografia do João Víctor Borges Silva, apresentada como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais – FAJS do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Para terminar, duas reportagens que falam sobre a Apple, a gigante em high tech que nega se utilizar da obsolescência programada, mas vai pagar alguns milhões de dólares por deixar aparelhos antigos mais lentos…

Tecmundo: Apple diz que obsolescência programada é a “coisa mais louca do mundo”

Exame: Apple vai pagar US$ 113 milhões por deixar iPhones antigos mais lentos

Não fique triste, caso você tenha se sentido enganado, enganada! Saiba que você não está só… Compartilhe com o máximo de pessoas que você puder e até mais!

Nhoque Veg

‘Cozinhar não é serviço… Cozinhar é um modo de amar os outros’ – Mia Couto.

Não sei exatamente onde peguei essa receita em específico, às vezes leio uma receita em um site, outra em outro e faço uma mistura das duas.. Mas tem um blog que eu, particularmente, gosto bastante: ‘Tudogostoso‘.

No insta, também sigo alguns perfis de receitas. Enfim! Gostei desse nhoque, super fácil e bem gostoso!

Massa:
6 batatas
3 ou 4 colheres de azeite
3 ou 4 colheres de farinha de trigo
Adicione o azeite e a farinha aos poucos; ‘sinta’ a massa 😉
Serve 2 pessoas
Molho:
Sachê de molho de tomate pronto (se você preferir, faça com tomates)
Cebola
Orégano
Salsinha/Coentro – o de sua preferência.

Coloque as batatas para cozinhar; depois de cozidas amasse e coloque o azeite. Misture e vá adicionando a farinha aos poucos para dar consistência. Após a massa estar no ponto, faça rolinhos com ela.

A água para colocar o nhoque deve estar fervendo com um fio de óleo e sal a gosto. Corte a massa em pequenos quadradinhos e coloque na água, quando os quadradinhos subirem, retire-os.

Para o molho, doure a cebola no azeite e jogue o sachê de molho de tomate, coloque orégano e a salsinha, ou o coentro. Vá adicionado em cima do nhoque já pronto.

Cozinhar é magia pura! A mesma receita, feita por pessoas diferentes, fica totalmente diferente uma das outras. Exatamente como as pessoas são: Únicas.

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