Microplástico

Que o consumismo é a base da sociedade contemporânea, nós já sabemos. E, este post não é apenas a “parte 3” do consumo te consome; ele é, também, uma provocação…

Vem comigo 🙃

Existe uma coisa em comum em, praticamente, TUDO o que compramos. O que é? Pense um pouquinho antes de continuar a leitura…

Acertou se você pensou plástico! Sim, se você reparar, 98% (chute meu) das coisas que compramos tem plástico em sua embalagem e/ou em sua composição. E o problema disso são os microplásticos. Entretanto, apesar de ser o nome do post, não é bem sobre isso que quero falar…

Porque, quando a gente ouve sobre o problema dos microplásticos, ou assiste vídeos de tartarugas comendo sacolas plásticas, a gente acha que o problema está lá, em algum lugar longe da gente. Como se meio ambiente fosse onde a gente não está…

Porém, quem acompanha o blog sabe que ambiente é tudo e, mesmo geograficamente longe, pode, e provavelmente, nos afeta, porque o Planeta é um sistema fechado e não tem para onde sair..

Sendo assim, minha ideia foi trazer a questão plástico de um modo diferente; a partir da perspectiva econômica ou, se você preferir, a partir da perspectiva do mercado, esse ente que dita as regras do jogo, mas nunca ninguém nem viu… só é amplamente sabido quando o mercado reagiu, não gostou, aprovou… enfim. Não sei se você sabe, mas a base da economia é o petróleo!

O Reciclarte é informação!! 🤩

E os plásticos com isso? Os plásticos são derivados do petróleo e são as indústrias petroquímicas que viabilizam os processos de transformação. Como já refletimos por aqui, somos livres na proporção das opções que temos para escolha.

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Há registros do petróleo nas sociedades humanas desde a antiguidade 😮 no entanto, a moderna indústria petrolífera ganhou ‘importância’ em meados do século XIX, com a revolução industrial.

E, hoje em dia, é a base do capitalismo financeirizado. Visto que está presente em coisas que nem imaginamos 😱 dá uma olhada na imagem abaixo:

Fonte: Panorama do refino e da Petroquímica no Brasil.
NOTA TÉCNICA DPG-SPT Nº 04/2018

Se você reparar nas embalagens que você tem em casa, praticamente TODAS elas tem um símbolo semelhante a esse:

Que nada mais é que o tipo do plástico da embalagem. Se você se atentar às etiquetas das roupas que, em geral, a gente compra, elas podem ser 100% poliéster. Dá um google em poliéster…

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Mas claro, a ideia proposta é o da escolha sustentável, do consumo consciente… e, como refletiu Bauman, “pessoas sem dinheiro, cartões de crédito e/ou entusiasmo por compras e imunes aos afagos do marketing são consumidores falhos”, porque o valor da sociedade contemporânea está no ato de comprar, já que nunca estamos satisfeitos… e,

se você não sabe o que te satisfaz, não existe o que te satisfaça!

Sempre queremos mais, mais e mais… pessoalmente, também acredito que falte um pouco de autoconhecimento nessa história toda. Estamos tão distantes de nós mesmos que não sabemos do que precisamos; o que realmente queremos? Enquanto isso, há bilhões de pessoas no mundo sem acesso ao básico. E, assim, alimentamos a engrenagem…

“Somos como borboletas que voam por um dia e acham que é para sempre”🍃

A vida é breve! E tempo é tempo de Vida!

Enfim! Complexo e um pouco desolar… mas, seguimos firmes ✊ os artigos que deram base para esta escrita foram:

Por hoje é isso! Até mais!!

Água nossa de TODO dia…

Fiz uma matéria na UFABC sobre evolução e diversificação da vida na Terra e uma fala da profª eu nunca mais esqueci… a água é sempre a mesma, desde os tempos primórdios do Planeta… 🤯

Caraca!!! Desde os dinossauros a água é a mesma???

Sim! É. Devido ao ciclo hídrico. Na verdade, quando se diz ‘não existe fora‘, significa que não existe mesmo…

Todas as tempestades que ocorrem, ocorrem aqui, na atmosfera da Terra. O Planeta, como um sistema fechado, não interage com a vastidão do seu entorno… 🤯

E aqui estamos, poluindo os recursos hídricos como se não necessitássemos deles para nos mantermos vivos… 🤦‍♀️

O nosso descaso com a dita ‘natureza’ é tão surreal que nem parece que é ela quem oferece os recursos que utilizamos no dia a dia… compramos alimentos e nem pensamos que eles vêm da terra fertilizada com insumo agrícola.

Esses dias, li a reportagem do Repórter Brasil falando que a água da torneira foi contaminada com produtos químicos e radioativos em 763 cidades, das quais se tem dados, e achei impressionante como a gente aceita essas ‘consequências’ de modo tão passivo…

A humanidade está tão distante da Vida que se esqueceu que para se manter viva é necessário ter meios físicos e naturais saudáveis para isso…

A saúde do ambiente impacta diretamente na saúde pessoal… 💡

Às vezes, me pego pensando no que a gente pensa que é… por exemplo, quem a gente pensa que é para subjugar outras formas de vida e até pessoas que são diferentes de nós??

Quem somos diante da vastidão e imensidão do Universo para acharmos que podemos colonizar outro Planeta enquanto deixamos esse, no qual vivemos, em frangalhos por ignorar os limites desse Planeta?

Claro, isso adentra outros princípios e até a forma como se encara a vida… existem pessoas que, realmente, não se importam… a questão é: eu me importo??

Existem pessoas e animais que sofrem as consequências de decisões de gente que nunca sentiu na pele o que é passar por situações extremas, como falta de água e de alimento..

Tantos refugiados pelo mundo vivendo em condições sub-humanas e a gente falando: ‘estamos acabando com Planeta’, ‘não existe Planeta B’, blá blá blá. Realmente. Não existe mesmo! No entanto, cabe questionar, quem está acabando com o Planeta?

Quem são as pessoas que estão acabando com Planeta? Aquelas que vivem no sertão brasileiro? Ou seria as que estão em situação de rua? Talvez, os povos indígenas, que são violentados há mais de 500 anos só aqui no Brasil??

Existem lugares que são tão hostis para se viver que nem água potável tem disponível… a água e o impacto na saúde humana.

Enquanto isso, existem segmentos corporativos, a indústria, por exemplo, que utiliza bastante água em suas atividades, sendo considerado o terceiro setor que mais consome água das bacias hidrográficas brasileiras, responsável por 9,7% do consumo.

Além disso, a irrigação agrícola consome 49,8% do uso de águas de bacias hidrográficas brasileiras, segundo o Ecoa, da UOL. Mas claro, o importante mesmo é fechar a torneira para escovar os dentes…

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E é… também…

O mundo é grande; mas não é grande o suficiente para abrigar a arrogância e a ganância de uma pequena parte da humanidade.

É sempre bom lembrar que somos um grão de areia na imensidão do universo…

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Mas, esse grão de areia quando adquire capacidade técnica e poder tecnológico se torna hábil a alterar o funcionamento dos ciclos naturais do Planeta… esse tema fica para um próximo post 😉

A seguir, alguns artigos de referência dessa reflexão, além de dois vídeos que achei bem legal e penso que valha a pena assistir…

Conheça 7 empresas com atuação no Brasil que estão empenhadas em reduzir o consumo de água.

Médicos Sem Fronteiras.

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, site em inglês. ACNUR Brasil.

Tempestade de raios vista o Espaço – Timelapse feito da Estação Espacial Internacional

Compartilhe esta inquietação e até a próxima reflexão..

*Em 26 de Outubro de 2023, a agência de jornalismo investigativo, Publica, publicou uma reportagem sobre “Os donos da água: 50 empresas podem usar mesma quantidade que metade do Brasil”. Para ler, clique aqui.

*Atualização em 27/10/2023

Cidades arborizadas – Parte II

Em continuação ao post anterior, vamos refletir sobre os benefícios que a arborização urbana proporciona à saúde – física e mental – além, é claro, de impactar diretamente na qualidade do meio ambiente urbano…

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No ebook de referência deste post, existe uma parte dedicada ao Verde Urbano e Saúde, a qual aborda temas relacionados a:

▪️ Áreas verdes e a terceira idade – praticar exercícios ao ar livre, além de objetivar um estilo de vida mais saudável, previne doenças crônicas, diminui o sedentarismo e aumenta o contato com a natureza, além de estimular a convivência social. A exposição ao sol também é essencial para a produção de vitamina D, que ajuda a fixar o cálcio no ossos e, quando associada à prática de exercícios físicos regulares, contribui na prevenção de osteoporose…

⚠️ tome Sol antes das 10h ou após às 16h ⚠️

▪️ Áreas verdes e a saúde na infância – no mundo contemporâneo, a tecnologia se tornou o principal passa tempo, o que contribuiu com uma geração de crianças sedentárias, podendo ser até obesas. A brincadeira ao ar livre é muito importante para o desenvolvimento das crianças; além de fortalecer o sistema imunológico pode reduzir sintomas de hiperatividade e déficit de atenção. Criança que ‘gasta energia’ dorme bem, aumentado a capacidade de aprendizado e memória…

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Os benefícios, no entanto, não se limitam aos idosos e às crianças, manter-se ativo pode reduzir problemas de saúde em TODAS as idades… É recomendado a adultos saudáveis, entre 18 e 65 anos, que realizem atividades físicas moderadas por 30 min, 5 vezes por semana…

Eu sei, eu sei… não é fácil inserir uma atividade física todos os dias da semana, por 30 min. na nossa rotina… realmente!! eu sofro com isso também… 🤷‍♀️ e é aqui que entra o tema mobilidade urbana. Imagina como seria muuuito mais fácil nos mantermos saudáveis se as cidades fossem planejadas para pedestres caminharem pequenas distâncias…

▪️ Verde urbano e a saúde mental – o ebook que deu base para a minha reflexão aborda a questão da saúde mental, que é um tema que ainda temos certo receio de tratar… como se tivéssemos que estar bem o tempo todo para ter ‘vencido na vida’…

Como um ambiente saudável auxilia a termos uma mente saudável?

A mente saudável é aquela que consegue manter um estado de bem-estar no qual uma pessoa é capaz de administrar seus sentimentos positivos e negativos ao mesmo tempo em que aprecia a vida e mantém suas atividades cotidianas.

Precisamos descansar, nos manter ativos, cultivar boas relações, com pessoas e com o ambiente… e nesse último aspecto, há estudos que indicam que o contato com a natureza traz benefícios psicológicos e sociais, como a redução do estresse e, até mesmo, maior satisfação com a vida…

😮

💡 Satisfação com a Vida!!! WOW… 💡

Claro que tudo isso parece que vai na contramão do que a gente tem vivido, não é verdade?? Nos acostumamos a fechar os vidros do carro e respirar seu o ar condicionado… faz parte também! Nesse sentido, precisamos falar mais sobre poluição do ar… Mas, esse tema fica para um próximo post…

De tanto procurar, encontrei uma tese de doutorado que deu origem ao Projeto de Lei – PL nº 4309/2021 – que visa Instituir a Política Nacional de Arborização Urbana. Isso mesmo. Arborização urbana pode virar lei… o artigo mais curto você encontra aqui.

Bom, por hoje é isso!!! Compartilhe em suas redes socias e até a próxima reflexão…

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Cidades arborizadas – Parte I

Comecei escrever este texto em Outubro de 2021 e tanta coisa aconteceu de lá pra cá, inclusive a morte do Dengo, que eu realmente precisava de um tempo para voltar ao ‘meu normal’…

🍃 E cá estou… ufa!!!!

Bom, a ideia inicial deste texto era bem diferente do que está materializado nesse post, afinal, essa Daniela que vos escreve não é mais aquela Daniela de Outubro de 2021 🤯 filosófico demais… bora para a reflexão de hoje…

A princípio, minha ideia era falar sobre a dissertação de mestrado: contribuição da arborização urbana para a mobilidade ativa. Mas, nesse meio tempo, acabei encontrando muitas outras coisas a respeito e, assim, decidi conduzir minha reflexão a partir de uma perspectiva mais ‘ambiental’🌳

Se você acompanha o blog e já leu Meio Ambiente e Saúde Pública, já sabe que a qualidade do ambiente impacta na vida de seus residentes e, partindo de tal premissa, decidi pensar a qualidade do ambiente urbano no qual vivemos.

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Tendo em vista o êxodo rural que ocorreu em função do processo de industrialização e urbanização, as populações acabaram se concentrando nas áreas urbanas e, de acordo com o IBGE educa, a maior parte da população brasileira, mais de 84%, vive em áreas urbanas.

“A vida acontece na cidade”

E, por consequência, é na cidade que os problemas se densificam… mas, este post visa falar de soluções, não de problemas 😀 sim!! Árvores são soluções e eu vou te contar porquê…

Além delas serem um alívio para o microclima urbano, a ausência de vegetação integrada ao sistema viário torna o espaço das vias um ambiente bastante desconfortável, contribuindo, inclusive, para a ocorrência de enchentes, uma vez que as águas pluviais não têm por onde adentrar o solo…

Essa carência de vegetação, aliada ao uso de materiais como o asfalto, altera o clima das cidades, devido à incidência da radiação solar nas construções. A inclusão de vegetação, nesses espaços, possibilita a modificação no microclima, além de sequestrar toneladas de carbono atmosférico.

Áreas com vegetação registram diferenças de temperatura de até 5°C nas regiões tropicais, sendo que no Brasil, a arborização urbana assume grande relevância bioclimática; além, é claro, de atrair passarinhos e outros polinizadores… (sugestão de leitura: Qual a função da natureza?)

Se você se recorda da minha cidade ideal, sabe que ela teria árvores, entre outras coisas… quando a cidade não possui calçadas largas e canteiros centrais amplos, deve-se priorizar a inserção de arborização na calçada lateral para promover sombra para o pedestre.

(aqui fica a reflexão: por que planeja-se cidades para carros e não para pedestres, já que somos todos pedestres 🤔)

Ainda sobre a qualidade do ambiente urbano, há de se pensar nos gramados que, por sua vez, apresentam benefícios ambientais para uso em centros urbanos, como a valorização do imóvel, atenuação das ilhas de calor, diminuição da temperatura, produção de oxigênio e sequestro de carbono, infiltração de água no solo, além de poder ser usado em telhados verdes, como uma nova tecnologia sustentável em construções urbanas.

Outra alternativa, visando promover a qualidade do ambiente urbano, seria o jardim de chuva, que nada mais é do que um espaço permeável que funciona como uma grande esponja de água, uma vez que infiltra as águas pluviais. Aliás, você conhece o conceito de cidades-esponjas?

Meodeos 😮 tanta, mas tanta coisa pra escrever que não cabe num post só… por ora, deixo meu primeiro mapa interativo pra você 😍 trata-se do percentual de domicílios com existência de arborização no seu entorno, por bairro, em Santo André no ABC paulista.

É um mapa demonstrativo, o que significa que não houve nenhum tipo de análise (porque eu ainda não sei fazer 🤷‍♀️); os dados que eu utilizei estão disponíveis no SIGA (Sistema de Informações Geográficas Andreense) e meu script você encontra aqui.

Se você quiser saber como a vegetação urbana protege as cidades de climas extremos, só ler este artigo; a base deste texto e do próximo é o e-book Verde Urbano.

Bom, por hoje fico por aqui… espero voltar em breve com o próximo post que será a segunda parte de cidades arborizadas.

Compartilhe este conteúdo em suas redes sociais e conheça meu apoia.se 😁 tchau!!

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Receita para epidemias e pandemias?

De acordo com alguns especialistas, sim; fabricamos epidemias e pandemias… neste post, pretendo te contar o porquê…

Ao longo da história da humanidade, os seres humanos foram se adaptando ao ambiente e domesticando plantas e animais. Nesse processo, os organismos evoluíram adaptando-se uns aos outros, cada um em seu ‘espaço’ natural: os animais selvagens nas matas e os seres humanos nas ‘áreas urbanas’.

No entanto, ao longo dos anos, os seres humanos foram se deslocando para outras áreas… o final do século XX evidencia esse movimento de expansão da humanidade, visto que foi marcado pela acelerada integração dos sistemas econômicos nacionais à uma dinâmica global.

Tal dinâmica facilitou muitos processos, inclusive, a mobilidade das pessoas e de mercadorias entre países 🌐 antes da metade do século XX não era possível ir para o outro lado do Planeta em algumas horas com apenas um voo…

Entretanto, essa mudança no eixo do mundo trouxe consigo consequências proporcionais.

Quanto mais aumenta a população, mais necessidade de alimentos, saúde, educação, água potável… as oportunidades, em geral, estão nos grandes centros, causando assim adensamento urbano; e tudo isso leva à pressão sobre o meio ambiente em busca de recursos naturais.

E as epidemias/pandemias com tudo isso? Relativamente fácil responder essa pergunta… vem comigo! 🙃

As sociedades contemporâneas optam por produzir de forma pouco sustentável; desde a padronização de culturas de alimentos até a criação de animais de forma industrializada… dois problemas a serem explorados…

Para padronizar as culturas é necessário desmatar grandes áreas. Essas áreas desmatadas são, na verdade, morada de animais silvestres que perdem o lar e, assim, os que sobrevivem migram para outros lugares..

Segundo a médica espanhola María Neira, “70% dos últimos surtos epidêmicos que sofremos têm sua origem no desmatamento e nessa ruptura violenta com os ecossistemas e suas espécies”.

Além dela, o pesquisador norte americano Mike Davis publicou, em 2005, seu livro o monstro bate à nossa porta – a ameaça global da gripe aviária, no qual ele relata a possibilidade de uma pandemia causada pela forma de criação de animais para abate.

Na tabela 7.2 de seu livro, ele detalha os surtos de H5 e H7 (nomenclaturas das gripes; exemplo: H1N1; H5Nx; H7Ny…) que ocorreram nos EUA a partir de 1997. Reproduzi a tabela abaixo:

AnoVírusLocal
1997H7N3Utah
1997-98H7N2Pensilvânia
2000H7N2Flórida
2001H7N2Pensilvânia, Maryland, Connecticut
2002H7N2Shenandoah Valley, Nova York, Nova Jersey
2002H5N3Texas
2002H5N2Nova York, Maine, Califórnia
2002H5N8Nova York
2002H5N1Michigan
2003H7N2Connecticut, Rhode Island
2003H7N2Infecção humana em Nova York
2004H5N2Texas
2004H7N2Maryland, Delaware, Nova Jersey
Livro: O monstro bate à nossa porta. Página 117

Parece mentira, né? Mas não é. A seguir algumas reportagens de animais que foram sacrificados em grandes quantidades por serem um risco à saúde pública. A primeira reportagem é de 2005, o mesmo ano que o livro de Davis foi publicado.

Aves sacrificadas; Gripe aviária reaparece nas Filipinas e na Alemanha; Dinamarca abate 25.000 aves de criação após primeiro surto de gripe aviária. Além da gripe suína, que foi considerada a primeira pandemia do século XXI e seu vírus está entre nós até hoje…

Em 2020-21 o mundo conheceu a COVID-19, que também é causada por um vírus de origem zoonótica e não há garantias de que não venham outros vírus por aí… ao contrário, quanto mais adentrarmos os espaços naturais, mais os animais, e a natureza de um modo geral, ficarão sob pressão, caracterizando, inclusive, a perda da biodiversidade…

Me encaminhando para o final, deixo um texto mais acadêmico, caso você queira se arriscar e, detalhe, foi publicado em 2009, mais de uma década atrás… Gripe aviária: a ameaça do século XXI.

Para terminar, deixo para reflexão um trecho do prefácio do livro de Davis:

“As grandes epidemias, como as guerras mundiais e as fomes coletivas, massificam a morte, tornando-a um evento além de nossa compreensão emocional (…) ninguém deplora por uma multidão nem lamenta à beira do túmulo de uma abstração”.

Compartilhe! E até mais 💚

*Nos primeiros 15 dias de janeiro de 2024 foram registrados 472 casos de acidentes com animais venenosos, como escorpiões, aranhas marrom e armadeira, serpentes, entre outros. Para a médica veterinária Gisele Freitas, do Centro de Vigilância Epidemiológica, “Fatores como o aumento da urbanização, desmatamento, turismo ecológico e alterações climáticas podem estar relacionados ao crescimento de casos. O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano” (Fonte da informação: Agência Brasil – São Paulo). Leia mais aqui.

*Atualização em 11/02/2024