Você já ouviu falar sobre isso?

Quando escrevi Em que Espaço você quer viver? utilizei minha imaginação para pensar numa cidade ideal… o que eu nem imaginava é que existe um conceito que descreve muito bem minha cidade perfeita: mobilidade ativa.

A mobilidade ativa está relacionada aos modos de transporte não motorizados, como andar a pé ou usar bicicletas, por exemplo. No entanto, esse tipo de cidade requer planejamento e políticas públicas voltadas a pedestres e meios de transportes não motorizados.

Tais cidades promovem bem estar para pessoas das mais diversas áreas, já que têm em vista relações sociais horizontalizadas; além de contribuir com a qualidade do ar, diminuir o barulho dos motores, entre outros benefícios.

Imagem: IMGBIN.com

Na região metropolitana de São Paulo, 97% da poluição por CO (monóxido de carbono) é emitida por gases veiculares. As ruas, em geral, são demarcadas para carros e a violência no trânsito é beem acentuada.

Apesar de tudo isso, existem algumas ações inspiradoras: Avenida 23 de Maio ganha a primeira biovaleta da capital. Para ter certeza de qual caminho seguir, lembra-se da greve dos caminhoneiros? Então, reduziu pela metade a poluição em alguns lugares de São Paulo.

Parece que não sou tão idealista assim… ufa! 🤷‍♀️

Mas claro, para que haja efetivamente a alternativa de se caminhar pela cidade, ou andar de bicicleta sem medo de sofrer danos físicos, é necessário que se tenha (infra)estrutura para isso. Afinal, ninguém gosta de caminhar, nem andar de bicicleta em qualquer lugar, não é verdade?!

Assim, fiz um mini projeto para uma matéria da UFABC que visava saber a qualidade do entorno na região do Grande ABC, no Estado de São Paulo.

São classificados como características urbanísticas do entorno dos domicílios aqueles que apresentam informações sobre presença de iluminação pública, pavimentação, arborização, bueiro/boca de lobo, lixo acumulado nos logradouros, esgoto a céu aberto, meio-fio/guia, calçada e rampa para cadeirante (Fonte: Censo 2010, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Tais características foram consideradas em relação aos domicílios particulares permanentes; sejam eles próprios, alugados ou cedidos. E claro, já aproveito para dizer: Defenda o Censo 2021 ✊ Esses aqui são os mapas que produzi:

E, se você está na região metropolitana de SP e quer saber se a qualidade do ar, de onde você está bem agora, é boa, só clicar aqui; sobre os possíveis poluentes que respiramos, você encontra informações aqui.

Bom, por hoje é isso!!! Espero que sua imaginação acerca de cidades caminháveis – suuuper possíveis – tenha se expandido 💚 …ao menos um pouquinho… 🤩

⬇️ compartilhe, tá bom? Até mais!

Vamos salvar o Planeta?

Decidi escrever este post porque já ouvi tantas vezes esse negócio de ‘vamos salvar o Planeta’, que achei ser a hora de falar sobre isso…

Dia 22 de Abril é o dia da Terra e eu gosto de pensar no nosso pálido ponto azul como nosso lar, o único que temos… No entanto, parece que esquecemos que o Planeta Terra é o único conhecido capaz de abrigar vida da forma como a conhecemos…

Além disso, a vida se adapta ao Planeta, porque se trata de um sistema fechado que se autossustenta. A gente, na verdade, não vai salvar nada além de nós mesmos… enquanto espécie.

O Planeta não precisa da gente. É a gente que precisa do Planeta para continuar existindo. Não existe Planeta B, pra gente. A natureza selvagem se adapta, se reestrutura…

Durante a pandemia de covid-19 a vida selvagem foi beneficiada graças à mudança de comportamento da humanidade. Se nós, humanos, deixarmos de existir de uma hora para outra, o Planeta, além de resistir ao nosso sumiço, ainda se reequilibra com toda a vida selvagem que faz parte dele.

A humanidade não sabe viver de forma harmônica com o restante da própria humanidade e da vida em si…

Quando eu ouço a frase: Vamos salvar o Planeta, tudo o que consigo pensar é: que pretensão a nossa achar que o que nos antecede precisa da gente para continuar existindo… 🙄

O que devemos fazer, sim, DEVEMOS, é melhorar as condições de vida, tanto dos nossos semelhantes, como dos animais ditos selvagens.

A humanidade é PARTE do Planeta, do sistema fechado. A gente precisa se limitar aos limites do Planeta, por uma questão de sobrevivência – NOSSA sobrevivência – o Planeta resistirá; assim como a vida selvagem.

Se você tiver interesse em ler mais a respeito, deixo algumas sugestões abaixo. E também informo que este post tem caráter de desabafo. Porque estou cansada dessa pretensão humana infundada…

Durante quarentena, animais ocupam ruas de centros urbanos pelo mundo

10 boas notícias para a vida selvagem em 2020

Dia Nacional da Conservação do Solo: sua história e um alerta da FAO

😬⬇️

Uma relação óbvia?

Tive contato com questões de saúde pública e meio ambiente no curso técnico, fazendo este trabalho sobre febre tifoide. Fiquei tão impactada que questões socioambientais se tornaram o centro da minha atenção.

Quando falamos em meio ambiente é impossível não considerar as condições sociais, por isso o termo socioambiental é tão importante. Por exemplo, a doença de chagas é endêmica de locais onde a infraestrutura residencial é precária, em sua maioria na região Norte do país, segundo o Ministério da Saúde.

Trazendo um exemplo mais próximo, a própria pandemia de COVID-19 é um exemplo, visto que há indícios de que o vírus tenha surgido em um mercado úmido asiático. E não se engane! Não se trata apenas da China e demais países asiáticos…

Várias epidemias já ocorreram por conta do contato entre animais selvagens e seres humanos; no próximo post falarei um pouco mais sobre isso.

Por ora, quero apenas enfatizar que a qualidade do ambiente impacta na vida de seus residentes, de forma decisiva.

Temos o mau hábito de pensar que poderemos viver em Marte com a tecnologia da SpaceX. Enquanto isso, estima-se que aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem por ano por viverem expostas a ambientes poluídos.. e o mais impressionante, aqui na Terra mesmo..

Conforme disse Carl Sagan ‘o nosso planeta é indivisível’. Aliás, se você nunca leu meu post O que é Meio Ambiente? leia aqui.

Questões de saúde pública estão relacionadas ao modo de vida e produção. Por exemplo, ao autorizar o uso de mercúrio, que é um metal tóxico e biocumulativo, em garimpos, autoriza-se a contaminação por mercúrio, tanto do ambiente quanto dos seres humanos envolvidos na garimpagem.

Tal contaminação gera danos incalculáveis; como a barragem de rejeitos da Vale que se rompeu e matou um rio. Veja, MATOU UM RIO! E PESSOAS. Os rios são ecossistemas complexos que abrigam milhares de vidas aquáticas e servem, ainda, de fonte de renda para muitas pessoas que dependem dele.

Na tragédia de Mariana: Contaminação do Rio Doce é ‘fantasma’ de um dos maiores crimes ambientais do mundo, pois a contaminação pode até ficar invisível aos olhos, mas não deixa de existir e ser nociva aos organismos vivos.

Bom, me encaminhando para o final, quero já deixar o tema do próximo post, que será sobre as epidemias, desmatamento e a forma de criação de animais para abate.

É isso, por hoje!! Tchau! 🙂

e-lixo?!

Nos dias 4 e 5 de Dezembro (2020), a cidade de Santo André (minha cidade natal) promoveu um drive-thru para descarte de REEE – Resíduos de Equipamentos EletroEletrônicos.

A iniciativa aconteceu em parceria com a Green Eletron e recolheu mais de 8 toneladas de resíduos eletroeletrônicos. Impressionante, né?!

Se você acompanha o blog, já sabe que escrevi sobre o impacto da obsolescência programada e como tal ação afeta a geração e o descarte de lixo eletrônico, além da pressão que exerce sobre a extração dos recursos naturais.

Ao pesquisar para escrever este post, me deparei com o decreto Nº 10.240/2020 que estabelece normas para a implementação de sistema de logística reversa obrigatória de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes. QUE MÁXIMO!! No decreto há a relação dos produtos eletroeletrônicos elegíveis à logística reversa.

Em continuação à minha pesquisa, descobri que para Green Eletron Eletrônico não é Lixo! E claro, gostei tanto que virou este post especial para você! Não é de hoje que venho aqui escrever sobre resíduos, rejeitos, logística reversa, reciclagem, enfim.

Se você quiser saber um pouco sobre esses termos, recomendo que você leia o lixo que a gente joga fora 😉

O objetivo deste post é divulgar a logística reversa em ação. Incrível, né?!

A preocupação com a sustentabilidade vem ganhando espaço nos debates públicos sérios e a Green Eletron nasceu para destinar de forma ambientalmente correta o chamado ‘e-lixo’, que na verdade não é lixo; ao contrário, pode ser uma forma de geração de empregos e renda, se destinado da forma correta.

O Semasa, na cidade de Santo André, já disponibiliza estações de coleta e, devido à pandemia, implantou o modelo drive-thru que foi um verdadeiro sucesso! Segundo o diretor de resíduos sólidos do Semasa, Edi Ferreira dos Santos:

“Logo no primeiro dia nós já tínhamos ultrapassado o número de participantes das duas edições anteriores juntas. Como tivemos um retorno positivo deste formato de ação, vamos realizar o drive-thru duas vezes por ano”.

Foram mais de 600 residentes de Santo André que passaram pelo drive-thru, que além de arrecadar mais de 8 toneladas em equipamentos velhos ou sem uso, também recolheu 165 kg de pilhas, o que equivale aproximadamente 9,75 mil unidades, em estimativa 😲

Eu, obviamente, levei os resíduos eletroeletrônicos aqui de casa e recomendo fortemente que você faça o mesmo!

Encontre o ponto de coleta mais próximo de você e não se esqueça de verificar o que pode ser descartado.

Também é possível verificar no site da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos onde você pode descartar seu resíduo e não se esqueça de verificar o que pode ser descartado 😉

De qualquer forma, esteja onde estiver, sugiro que procure a prefeitura de sua cidade ou alguma associação de logística reversa/reciclagem para se informar sobre postos de coleta e jamais se esqueça:

#EletronicoNaoELixo, compartilhe essa ideia! Tchau!

Em que Espaço você quer viver?

Gostaria, antes de tudo, de dizer que este post fica categorizado como uma ‘reflexão diversa’. Pois, como voltei a estudar e estou em processo de aprendizagem, a responsabilidade em falar sobre urbanização e território é muito grande e eu ainda não tenho conhecimento suficiente para afirmar algo… Mas, como pensar é livre, valoremos ideias!

Esses tempos atrás, muito se falou da reforma do Anhangabaú e eu fiquei pensando em escrever sobre isso, mas não sabia exatamente o quê escrever… Então, assisti Cidades possíveis: construção coletiva e decidi sobre o que escrever: Imaginação!

Imagine uma cidade perfeita, como seria? A minha teria árvores, bancos para sentar, sorveterias, seria limpa, teria hortas urbanas, centros comunitários, o que mais?? Estacionamento para bicicletas e patins. Não teria carros! Me julgue 🥰

Quando penso em cidade, penso em algo assim, feito para aconchegar pessoas! Mas eu sei que sou meio idealista e as grandes metrópoles impõe outras demandas. Okay.

As cidades são meio caóticas, sujas (nem todas…), com ruas demarcadas para carros, que se congestionam e formam filas intermináveis com buzinas e xingamentos… beeeeem distante da minha cidade ideal 😂

Mas, o que quero propor aqui é: pensar nas cidades. Desde que assisti o documentário Entre Rios, minha visão da cidade de São Paulo mudou completamente; não só de SP, mas de qualquer cidade, na verdade!

Já parou para pensar no Vale do Anhangabaú? É o Vale do Rio Anhangabaú mas, ao passarmos por lá não há rio algum porque está enterrado. As cidades foram construídas em cima de rios, literalmente. Veja só o Vale do Anhangabaú, Hoje e em 1927:

Imagem: Via trólebus

Percebe que na foto de 1927 existe um rio que hoje em dia ‘não existe mais’? Ocorre que só não existe aos nossos olhos. A natureza não perde sua função natural só porque a gente mexeu um pouco em sua estrutura. As enchentes que ocorrem, sempre que chove, nada mais é do que o rio enchendo. Como deve ser!

(Obviamente, não estou romantizando a questão do descarte errado do lixo e suas consequências. Lixo deve ser jogado na lixeira e sim, se jogado no chão, acaba indo parar nos leitos hídricos!)

O mesmo com o rio Pinheiros, que hoje em dia é só a ‘marginal Pinheiros’ dos telejornais, mas veja só como era:

Rio Pinheiros – Sua História e Perspectivas

É claro que tudo isso não é exclusivo de São Paulo. Em Minas Gerais, o projeto ‘Entre Rios e Ruas’ sinaliza córregos de Belo Horizonte. Trata-se de uma intervenção da artista plástica Isabela Prado, que visa resgatar a memória dos córregos cobertos e canalizados da capital mineira.

Eu achei essa intervenção genial! Por isso decidi compartilhar este post com você! Achou incrível?? Como é a cidade onde você mora? Está boa para você? Deixe nos comentários… eu adoraria ler sobre como seria sua cidade ideal…

E se você gosta de museus/exposições, recomendo que visite o Pateo do Collegio. Tem uma maquete lá que mostra como o Espaço era antes de se tornar a São Paulo urbanizada que a gente conhece. Gostou?? Compartilhe com seus amigos, okay? Até mais!