Qual o lugar da natureza?

Por incrível que pareça, a resposta para essa pergunta depende do valor que damos a ela 🤑 economicamente, há duas principais possibilidades de alocação da natureza e é sobre essas duas possibilidades que pretendo falar e refletir.

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Atualmente, acreditamos, como sociedade, que há soluções tecnológicas para os problemas contemporâneos. Como se inovação e tecnologia fossem o caminho, a verdade e a vida.. o dogma a ser seguido e venerado.

Nada contra avanços tecnológicos, ao contrário disso! Só proponho refletir acerca da condição humana, já que nós temos tendência de reproduzir modos de vida destrutível, colonizador.

O domínio humano sobre o Planeta, outras espécies e até sobre outros seres humanos é impressionante! Uma mentalidade doentia, numa terra doente.

Como ser são, não é mesmo?
Ou pelo menos tentar ser…
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O lugar da natureza é uma abordagem econômica que gira em torno de duas principais teorias:

  • Economia neoclássica – a que está em vigor. Segundo essa teoria, o ambiente é parte dos setores econômicos, sendo divididos em setor florestal, pesqueiro, mineral, agropecuário, áreas protegidas, pontos turísticos, entre outros;
  • Economia ecológica – alternativa à neoclássica. Nela, esses setores econômicos é que são parte de um todo bem mais amplo que os envolve e sustenta. Nessa perspectiva, a economia, em geral, é um subsistema de um sistema bem maior, que é finito e não aumenta, o sistema Terra.

No paradigma atual, a natureza é só recurso. Quando acaba em um lugar, logo encontra-se outro lugar para explorar, mesmo com impactos ambientais conhecidos e irreversíveis.

Ou seja, retira-se da natureza recursos naturais para transformá-los em produtos comercializáveis! E quanto mais a produção cresce, maior o uso de energia e matéria do ambiente; e liberação de resíduos, claro.

O importante é a economia girar.
O mercado não pode parar!
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Enfim, em algum momento da história da humanidade o ser humano se descolou do restante da vida do planeta e se tornou soberano. Soberano a ponto de jogar bombas nucleares em inimigos humanos.

Se, de fato, não for possível solucionar um problema com a mesma mentalidade que o criou, penso que precisamos mudar a chave do nosso pensamento, mudar de rumo para outra direção..

A vida, querido/a leitor/a, se renova a cada instante.
A cada respiração nós temos mais uma chance.

O nosso coração não para durante toda a nossa existência e nós dormimos; não percebemos o quanto perdemos de vida ao longo dos anos, ao darmos atenção a coisas que já não fazem mais sentido.

Se um dia a gente se reconectar com o sagrado dentro da gente, talvez a gente consiga acordar e perceber que “só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos” (…) entendedores entenderão ¯\_(ツ)_/¯

Não há o que o dinheiro possa comprar em tecnologia e inovação para substituir o que a natureza produz naturalmente; isso é só mais uma ilusão!

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O texto base deste texto, além do meu desabafo e reflexão, foi: O fundamento central da economia ecológica, do Andrei Cechin e José Eli da Veiga.

Por hoje é isso! Boa páscoa e até a próxima reflexão!

Socioambiental

Eu pensei nesse tema em setembro de 2023. Mas estava no meu último quadrimestre obrigatório da UFABC e foi tão insano que não consegui elaborar o texto que eu queria e, obviamente, este texto que saiu não era aquele que eu imaginei… enfim; vamos começar.

Quando eu decidi cursar o técnico em meio ambiente fui apresentada ao tema e aprendi que meio ambiente é tudo. Até então, eu pensava que fosse apenas natureza. Tinha o costume de fazer trilha e achava que aquilo fosse meio ambiente: caminhar na mata, entrar no mar, cachoeira.

No entanto, aprendi sobre meio ambiente e saúde e sobre como essa relação nos afeta de forma bem direta sem que a gente saiba. E assim, minha percepção de mundo foi mudando à medida que eu aprendia mais… aprendi que onde moro, Santo André no ABC paulista, é mata atlântica. Eu não imaginava isso! Amei a área 💚

Quando fui fazer minha tão sonhada faculdade, escolhi um curso que me daria a oportunidade de estudar sobre meio ambiente e sociedade. Só que, aquela Daniela pré vestibular achava que sociedade fosse ‘a cidade’. Eu não tinha noção de que existem várias sociedades pelo mundo… além das categorias rural e urbano, que é tema para outro texto.

Aproveitando a interdisciplinaridade da UFABC, peguei uma disciplina que mudou, completamente, a minha visão de mundo: Unidade de Conservação da Natureza.

O tema em si já era conhecido por causa do curso técnico; porém, foi apresentado os conflitos territoriais que podem existir nessas UCNs quando elas são instituídas em lugares onde moram populações e comunidades de hábitos tradicionais.

Foi um grande impacto na minha concepção de ambiente e sociedade ⚠️

Eu não imaginava que, dependendo do tipo da UCN instituída, os povos que moram naquele mesmo lugar, há séculos, tem que sair porque se tornam criminosos por simplesmente estarem numa “reserva de proteção integral” e não poderem mais realizar sua rotina de cultivo tradicional praticada há séculos, já que o conhecimento é passado de geração para geração 😮

Foi aí que meu caminho começou a mudar… foi nessa disciplina que aprendi de forma mais definida e conceituada o preservacionismo e o conservacionismo, as duas correntes ‘famosas’ do movimento ambientalista internacional.

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Já o socioambientalismo surgiu no Brasil no bojo da redemocratização, agregando às pautas sociais, as demandas ambientais.

Nesse caso, as ditas pautas sociais eram as pautas colocadas pelas sociedades de hábitos tradicionais; como os indígenas, seringueiros, ribeirinhos, o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens-, entre outras populações que tiram seu sustento diretamente da floresta e, por isso, são afetadas diretamente pela destruição da mesma.

(se você mora na cidade e acha que a degradação dos ambientes naturais não te afeta, recomendo fortemente que você leia este post)

O socioambientalismo emergiu das articulações entre os movimentos sociais e ambientais, propondo um novo paradigma de desenvolvimento que preconiza a promoção e a valorização da diversidade cultural e a consolidação do processo democrático no país, com ampla participação social na gestão ambiental.

Nessa altura do texto, é impossível não falar sobre economia.. já adianto que nem de longe é um assunto que eu domino. Entretanto, consegui entender o mínimo para acompanhar o debate público… por isso, deixo um vídeo bem esclarecedor sobre como funciona o paradigma econômico atual.

O socioambientalismo visa, justamente, uma mudança desse paradigma status quo.

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O texto base para este post foi o livro Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural, da Juliana Santilli, disponível aqui.

Na próxima reflexão, pretendo escrever sobre qual o lugar da natureza no processo produtivo atual: apenas uma fonte de extração de matéria prima ou a base que sustenta toda a vida na terra?

Até lá!

*Conforme exposto no texto, pode acontecer de uma UCN ser implantada num território tradicional… em decisão inédita, Justiça de SP invalida sobreposição do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, uma UCN de proteção integral, e determina a titulação do Quilombo Bombas. Leia mais aqui.

*Atualização em 31/01/2024

Microplástico

Que o consumismo é a base da sociedade contemporânea, nós já sabemos. E, este post não é apenas a “parte 3” do consumo te consome; ele é, também, uma provocação…

Vem comigo 🙃

Existe uma coisa em comum em, praticamente, TUDO o que compramos. O que é? Pense um pouquinho antes de continuar a leitura…

Acertou se você pensou plástico! Sim, se você reparar, 98% (chute meu) das coisas que compramos tem plástico em sua embalagem e/ou em sua composição. E o problema disso são os microplásticos. Entretanto, apesar de ser o nome do post, não é bem sobre isso que quero falar…

Porque, quando a gente ouve sobre o problema dos microplásticos, ou assiste vídeos de tartarugas comendo sacolas plásticas, a gente acha que o problema está lá, em algum lugar longe da gente. Como se meio ambiente fosse onde a gente não está…

Porém, quem acompanha o blog sabe que ambiente é tudo e, mesmo geograficamente longe, pode, e provavelmente, nos afeta, porque o Planeta é um sistema fechado e não tem para onde sair..

Sendo assim, minha ideia foi trazer a questão plástico de um modo diferente; a partir da perspectiva econômica ou, se você preferir, a partir da perspectiva do mercado, esse ente que dita as regras do jogo, mas nunca ninguém nem viu… só é amplamente sabido quando o mercado reagiu, não gostou, aprovou… enfim. Não sei se você sabe, mas a base da economia é o petróleo!

O Reciclarte é informação!! 🤩

E os plásticos com isso? Os plásticos são derivados do petróleo e são as indústrias petroquímicas que viabilizam os processos de transformação. Como já refletimos por aqui, somos livres na proporção das opções que temos para escolha.

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Há registros do petróleo nas sociedades humanas desde a antiguidade 😮 no entanto, a moderna indústria petrolífera ganhou ‘importância’ em meados do século XIX, com a revolução industrial.

E, hoje em dia, é a base do capitalismo financeirizado. Visto que está presente em coisas que nem imaginamos 😱 dá uma olhada na imagem abaixo:

Fonte: Panorama do refino e da Petroquímica no Brasil.
NOTA TÉCNICA DPG-SPT Nº 04/2018

Se você reparar nas embalagens que você tem em casa, praticamente TODAS elas tem um símbolo semelhante a esse:

Que nada mais é que o tipo do plástico da embalagem. Se você se atentar às etiquetas das roupas que, em geral, a gente compra, elas podem ser 100% poliéster. Dá um google em poliéster…

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Mas claro, a ideia proposta é o da escolha sustentável, do consumo consciente… e, como refletiu Bauman, “pessoas sem dinheiro, cartões de crédito e/ou entusiasmo por compras e imunes aos afagos do marketing são consumidores falhos”, porque o valor da sociedade contemporânea está no ato de comprar, já que nunca estamos satisfeitos… e,

se você não sabe o que te satisfaz, não existe o que te satisfaça!

Sempre queremos mais, mais e mais… pessoalmente, também acredito que falte um pouco de autoconhecimento nessa história toda. Estamos tão distantes de nós mesmos que não sabemos do que precisamos; o que realmente queremos? Enquanto isso, há bilhões de pessoas no mundo sem acesso ao básico. E, assim, alimentamos a engrenagem…

“Somos como borboletas que voam por um dia e acham que é para sempre”🍃

A vida é breve! E tempo é tempo de Vida!

Enfim! Complexo e um pouco desolar… mas, seguimos firmes ✊ os artigos que deram base para esta escrita foram:

Por hoje é isso! Até mais!!

Quilombo Ivaporunduva

Este post é sobre um trabalho de campo que fiz numa disciplina da UFABC que, com ‘sorte’, peguei com uma professora que trabalha com quilombolas e este post é sobre isso…

A primeira vez que ouvi a palavra quilombola foi pelo infame ex-presidente do Brasil. Na época, eu fiquei super curiosa para saber o que eram quilombos e quilombolas, mas achei que nunca saberia a partir dos meus próprios olhos… aí, veio a Vida e me proporcionou uma experiência maravilhosa, além de esclarecedora.

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De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), ‘as comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias’.

Entretanto, historicamente, quilombos eram os lugares onde negros escravizados se reuniam em resistência ao regime escravocrata ✊

Ao visitar o quilombo, percebe-se que se trata de um modo de ser totalmente diferente do que a gente conhece. A vida se dá a partir de uma relação comunitária, na qual a identidade é comum… é como se a fluidez do mundo líquido não coubesse no sólido contexto do território onde a vida e a sobrevivência se desdobram.

Claro que isso é uma perspectiva de alguém de fora. Quem está lá, provavelmente, tem uma outra percepção de mundo… conforme o esperado.

Mas, de qualquer forma, a experiência de conhecer um quilombo e entender, ainda que limitadamente, a forma como a vida se desdobra é um tanto esclarecedor; porque os valores não são comerciais como a gente valoriza a natureza… são valores fundamentais.

O Rio tem valor em si 🌊 A Terra também 🌳

Apesar de viver num mundo capitalista que prioriza o lucro e o utilitarismo, fazendo da natureza uma commodity que só tem valor se for útil aos interesses do mercado, particularmente, eu acredito nisso também 😅

Me parece que a questão do quilombo é uma outra proposta de vida, baseada em conhecimentos que nós desconhecemos, por completo..

Esses dias, vi um post em uma das redes sociais, que falava sobre como as árvores se comunicam entre si pelas raízes, e me lembrei da palestra que tivemos na plantação de banana…

… o agricultor quilombola estava explicando como ele cuida da plantação e como que a própria planta mostra qual parte deve ser retirada para não matar as outras plantinhas… e eu CHO-CA-DA porque não tava entendendo nada.. como ele sabia tudo aquilo só de ver a planta?? 🤯

Bom, depois do post fui atrás de algum artigo para tentar entender melhor o que ocorre com as plantas. Encontrei um artigo da FAPEMAFundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – e percebi que a ‘nossa ciência’ busca por conhecimentos que os povos tradicionais já sabem!

Quem não sabe sou eu, você e tantos outros de nós… os biólogos, provavelmente, sabem, porque nosso conhecimento se dá compartimentado em caixinhas de forma fragmentada, não holística. A gente asfalta margem de Rio, chama de marginal Pinheiros e luta contra enchentes…

Parabéns para nós!! 👏👏👏

Claro, preciso dizer sou a favor da ciência. Mas, ao fazer da ciência o caminho, a verdade e a vida, fazemos dela um dogma e não-paradigmática, como seu fundamento requer que seja..

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Bom, me encaminhando para o final, reforço que minha percepção é de alguém de fora… apesar disso, quanto mais eu saio das minhas caixinhas, mais eu vejo que o mundo é GRANDE e eu pequena de-mais.

É aquilo que já foi abordado num outro texto: a margem do oceano do desconhecido aumenta à proporção que a minha ilha do conhecimento aumenta… isso, para mim, é viver.

Compreender que a Vida é movimento em várias direções. Não apenas do modo e no ritmo que nós conhecemos..

… porque, o que conhecemos é limitado ao contexto no qual vivemos… e isso cabe a todos, em alguma medida. Por isso considero importante sairmos das nossas caixinhas para olhar o mundo a partir de outros olhares… e o mais importante, respeitar todas as formas de ser. Porque são dignas e completas em si.

Por fim, deixo algumas dicas de leitura, caso você queira dar uma lida. Logo abaixo, seguem algumas fotos do dia que passamos por lá. Até mais e boa reflexão 🤯

Unidade de Conservação da Natureza

Este post está dividido em duas partes: na primeira, discorro sobre Unidades de Conservação da Natureza e, na segunda, compartilho um pouco da visita de campo que fiz no Parque Estadual de Intervales com o pessoal da universidade.

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Começo dizendo que a denominação ‘parque’ já indica uma Unidade de Conservação… desde o curso técnico eu já conhecia o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da NaturezaSNUC – legislação em vigor que Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

Se você conhece o blog, sabe que não tenho a intenção de falar de leis por aqui; mas, é preciso saber que elas existem, uma vez que as definições com as quais trabalhamos são definidas por elas…

Assim, de acordo com a referida lei, unidade de conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

Entretanto, existem ainda outras áreas de proteção ambiental que não estão no arcabouço previsto no SNUC, sendo elas:

A legislação que regulamenta as categorias áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal é a LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.

🍃 voltando ao SNUC…

As unidades de conservação integradas a ele, dividem-se em dois grupos com características específicas:

  • Unidades de proteção integral – que tem por objetivo básico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos no SNUC.
  • Unidades de uso sustentável – que visa compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Categorias que integram as unidades de Proteção Integral:Categorias que integram as unidades de Uso Sustentável:
Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; Refúgio de Vida Silvestre.Área de Proteção Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável; Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Cada categoria tem suas restrições e permissões, vide SNUC. Todas as que estão denominadas ‘Nacional’ podem ser também denominadas ‘Estadual’ ou ‘Municipal’, a depender do poder público que a instituiu.

Parece uma coisa bem simples, né? Mas, na verdade, é bem mais complexo do que imaginamos, já que se trata de um território que, em geral, está em disputa, visto que as noções de território cabem em três dimensões: política, cultural e econômica, além da naturalista (leia o post território para saber mais).

Para demonstrar de maneira bem simplificada o que seria um ‘território em disputa’, fiz umas imagens para te mostrar como que em uma Área de Proteção Ambiental, classificada como uso sustentável, pode existir diversos atores atuando ao mesmo tempo de forma bastante ativa e, por vezes, controversa.

Como podemos ver, existem diversos interesses atuando em um ‘único lugar’ e eu nem achei dados atualizados sobre as populações que vivem nesses territórios 😧

Bom, essa primeira parte termina por aqui.. temos a segunda página do post sobre a visita de campo…

As informações sobre os dados que utilizei você encontra aqui. Saiba a diferença entre Água Mineral e Água de Mesa. E, para saber mais, leia os artigos: APA Sistema Cantareira, Cantareira, Serviços Ecossistêmicos e a produção de água no Sistema Cantareira.