Cartografia Social

Logo que colei grau, abril 2024, tive uma crise de choro e tremedeira; não acreditava que, finalmente, tinha acabado… a Universidade que me deu tudo, inclusive chão quando tudo ruiu sob meus pés, também exigiu além da conta.

Mas, com a oportunidade que tive, só me restava abraçar e me jogar mesmo. Assim, foram quase 6 anos de dedicação exclusiva à graduação interdisciplinar que só a UFABC propõe (passando por uma pandemia – que contribuiu diretamente para esse tempo todo de graduação 🤷‍♀️).

Tudo na vida tem seus custos, não é verdade?

Depois de formada, tive a oportunidade de ser Instrutora de Geoprocessamento no PMQ-UFABC e, do ponto de vista profissional, foi um divisor de águas. Se antes eu achava que um dia voltaria para o mercado, hoje, tenho certeza de que se eu voltar será para o terceiro setor.

O público do PMQ me fez perceber que, como dizia uma terapeuta com quem passei, não estou aqui a passeio!! Foi gratificante além do que consigo expressar em palavras o trabalho realizado! Eu sempre busquei o que faz o meu coração vibrar e eu encontrei! ✨

Propósito! Numa sociedade de característica volúvel, imediatista, encontrar um propósito nos dá força e vontade de continuar. Os pés vão se adaptando ao caminho.. e assim seguimos!

No fim do curso, fiz uma atividade complementar com minhas turmas, a qual consistiu em coletar pontos com app. de celular (coordenadas geográficas), para fazer um mapa coletivo com eles. A proposta foi pegar pontos de lugares que os alunos tinham interesse.

Essa perspectiva de Mapeamento faz parte do que se conhece como Cartografia Social, que eu conhecia desde 2023, mas, durante o curso acabei aprofundando pois tivemos um módulo sobre essa temática!!

Bom, os mapas que os alunos fizeram em seus grupos de trabalho, não divulgarei! Óbvio! Porém, visando manter o anonimato deles e dos polos que eu trabalhei, fiz duas espacializações com os pontos deles, mostrando apenas os locais que eles pegaram os pontos, sem nenhuma outra informação!

Alguns alunos pegaram pontos fora do município de Diadema, e eu acabei tirando dos mapas, por causa da escala. Embora estejam fora de escala, e sem todo o rigor da cartografia temática, ainda são representações da realidade a partir de uma outra perspectiva – a perspectiva social.

Confira no meu portfólio e me ajude a divulgar o blog 🥰

Continuidade chamada vida…

Minha reflexão de fim de ano dessa vez veio no início. É simbólico. Não existe um fim, apenas continuidade. A gente que precisa de rituais de passagem para deixar coisas para trás.. pelo menos tentar fazer isso!

Promessas de melhoria, metas de ano novo, pulinhos no mar, rezas, orações… só faz!!!!

Decide e faz!

Porém, nossos condicionamentos não permitem ação.. e a vida é ação. É movimento. Continue nadando…

Quando eu entendi que minha vida não voltaria a ser o que era, eu entendi, na verdade, que existe um fluir da vida; uma continuidade. Novos lugares, novas pessoas, novas relações.

Mudar um modo de pensar e adentrar um novo modo de ser é um negócio desafiador; mesmo para quem gosta de encarar desafios!

Essa mentalidade apegada ao passado, tão pequena, egoísta, centrada no EU, em mim, não me deixava perceber que existe vida além dos meus planos… só era preciso encontrar um ponto de equilíbrio no qual é possível se apoiar, se encontrar…

Quem procura, acha!

Quando ouvimos falar de ponto de não retorno, logo pensamos em Amazônia. Entretanto, também há um ponto de não retorno em nós. Existe um limite do qual não há retorno. Lei física! Entropia.

As leis do Universo são universais; quer a humanidade entenda isso, ou não! Existe um conhecimento que só acessamos nos integrando à Natureza. Somos parte dela; não à parte dela 🌎

A vida vai germinar novamente, porque em alguma instância ela é eterna. E não me entenda religiosa! Somos leigos e não nos limitamos em nossa leiguice… é a nossa prepotência que grita!

Podemos até saber muita coisa, dentro do nosso quadrado que é beeem pequeno frente ao desconhecido.

🍃

o blog mudou porque eu mudei. eu achava que minha vida voltaria a ser como era antes da pandemia. mas meu ponto de inflexão estava errado! quem me mostrou isso foi uma querida conhecida, quando me disse: Daniela, o que você fez com sua vida não tem volta! demorei meses para entender e aceitar que aquela Daniela, que eu conhecia bem, não existe mais. eu vivi tudo o que tinha para ser vivido. e agora tenho muitas outras coisas inimagináveis para experienciar, nesse continuum chamado vida!

Obrigada por permanecer aqui comigo esse tempo todo!!
Boa reflexão!! E até breve!! ✨