{"id":2754,"date":"2022-02-05T11:56:57","date_gmt":"2022-02-05T14:56:57","guid":{"rendered":"https:\/\/valorandoideias.com\/?p=2754"},"modified":"2022-12-17T23:06:11","modified_gmt":"2022-12-18T02:06:11","slug":"cidades-arborizadas-parte-i","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/valorandoideias.com\/cidades-arborizadas-parte-i\/","title":{"rendered":"Cidades arborizadas – Parte I"},"content":{"rendered":"\n
Comecei escrever este texto em Outubro de 2021 e tanta coisa aconteceu de l\u00e1 pra c\u00e1, inclusive a morte do Dengo<\/a>, que eu realmente precisava de um tempo para voltar ao ‘meu normal’…<\/p>\n\n\n\n \ud83c\udf43 E c\u00e1 estou… ufa!!!! <\/p>\n\n\n\n Bom, a ideia inicial deste texto era bem diferente do que est\u00e1 materializado nesse post, afinal, essa Daniela que vos escreve n\u00e3o \u00e9 mais aquela Daniela de Outubro de 2021 \ud83e\udd2f filos\u00f3fico demais… bora para a reflex\u00e3o de hoje… <\/p>\n\n\n\n A princ\u00edpio, minha ideia era falar sobre a disserta\u00e7\u00e3o de mestrado: contribui\u00e7\u00e3o da arboriza\u00e7\u00e3o urbana para a mobilidade ativa<\/a>. Mas, nesse meio tempo, acabei encontrando muitas outras coisas a respeito e, assim, decidi conduzir minha reflex\u00e3o a partir de uma perspectiva mais ‘ambiental’\ud83c\udf33<\/p>\n\n\n\n Se voc\u00ea acompanha o blog e j\u00e1 leu Meio Ambiente e Sa\u00fade P\u00fablica<\/a>, j\u00e1 sabe que a qualidade do ambiente impacta na vida de seus residentes<\/em> e, partindo de tal premissa, decidi pensar a qualidade do ambiente urbano no qual vivemos.<\/p>\n\n\n\n \ud83c\udf43<\/p>\n\n\n\n Tendo em vista o \u00eaxodo rural que ocorreu em fun\u00e7\u00e3o do processo de industrializa\u00e7\u00e3o e urbaniza\u00e7\u00e3o, as popula\u00e7\u00f5es acabaram se concentrando nas \u00e1reas urbanas e, de acordo com o IBGE educa<\/a>, a maior parte da popula\u00e7\u00e3o brasileira, mais de 84%, vive em \u00e1reas urbanas.<\/p>\n\n\n\n “A vida acontece na cidade”<\/p>\n\n\n\n E, por consequ\u00eancia, \u00e9 na cidade que os problemas se densificam… mas, este post visa falar de solu\u00e7\u00f5es, n\u00e3o de problemas \ud83d\ude00 sim!! \u00c1rvores s\u00e3o solu\u00e7\u00f5es e eu vou te contar porqu\u00ea… <\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m delas serem um al\u00edvio para o microclima urbano<\/em>, a aus\u00eancia de vegeta\u00e7\u00e3o integrada ao sistema vi\u00e1rio torna o espa\u00e7o das vias um ambiente bastante desconfort\u00e1vel, contribuindo, inclusive, para a ocorr\u00eancia de enchentes, uma vez que as \u00e1guas pluviais n\u00e3o t\u00eam por onde adentrar o solo…<\/p>\n\n\n\n Essa car\u00eancia de vegeta\u00e7\u00e3o, aliada ao uso de materiais como o asfalto, altera o clima das cidades, devido \u00e0 incid\u00eancia da radia\u00e7\u00e3o solar nas constru\u00e7\u00f5es. A inclus\u00e3o de vegeta\u00e7\u00e3o, nesses espa\u00e7os, possibilita a modifica\u00e7\u00e3o no microclima, al\u00e9m de sequestrar toneladas de carbono atmosf\u00e9rico.<\/p>\n\n\n\n \u00c1reas com vegeta\u00e7\u00e3o registram diferen\u00e7as de temperatura de at\u00e9 5\u00b0C nas regi\u00f5es tropicais, sendo que no Brasil, a arboriza\u00e7\u00e3o urbana assume grande relev\u00e2ncia bioclim\u00e1tica; al\u00e9m, \u00e9 claro, de atrair passarinhos e outros polinizadores… (sugest\u00e3o de leitura: Qual a fun\u00e7\u00e3o da natureza?<\/a>)<\/p>\n\n\n\n Se voc\u00ea se recorda da minha cidade ideal<\/a>, sabe que ela teria \u00e1rvores, entre outras coisas… quando a cidade n\u00e3o possui cal\u00e7adas largas e canteiros centrais amplos, deve-se priorizar a inser\u00e7\u00e3o de arboriza\u00e7\u00e3o na cal\u00e7ada lateral para promover sombra<\/em> para o pedestre<\/strong>.<\/p>\n\n\n\n (aqui fica a reflex\u00e3o: por que planeja-se cidades para carros e n\u00e3o para pedestres<\/strong>, j\u00e1 que somos todos <\/em>pedestres \ud83e\udd14) <\/p>\n\n\n\n Ainda sobre a qualidade do ambiente urbano, h\u00e1 de se pensar nos gramados que, por sua vez, apresentam benef\u00edcios ambientais para uso em centros urbanos, como a valoriza\u00e7\u00e3o do im\u00f3vel, atenua\u00e7\u00e3o das ilhas de calor, diminui\u00e7\u00e3o da temperatura, produ\u00e7\u00e3o de oxig\u00eanio e sequestro de carbono, infiltra\u00e7\u00e3o de \u00e1gua no solo, al\u00e9m de poder ser usado em telhados verdes<\/a>, como uma nova tecnologia sustent\u00e1vel em constru\u00e7\u00f5es urbanas.<\/p>\n\n\n\n Outra alternativa, visando promover <\/em>a qualidade do ambiente urbano, seria o jardim de chuva<\/a>, que nada mais \u00e9 do que um espa\u00e7o perme\u00e1vel que funciona como uma grande esponja de \u00e1gua, uma vez que infiltra as \u00e1guas pluviais. Ali\u00e1s, voc\u00ea conhece o conceito de cidades-esponjas<\/a>?<\/p>\n\n\n\n Meodeos \ud83d\ude2e tanta, mas tanta coisa pra escrever que n\u00e3o cabe num post s\u00f3… por ora, deixo meu primeiro mapa interativo pra voc\u00ea \ud83d\ude0d trata-se do percentual de domic\u00edlios com exist\u00eancia de arboriza\u00e7\u00e3o no seu entorno, por bairro, em Santo Andr\u00e9 no ABC paulista.<\/p>\n\n\n\n